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Clube amador portuense de basquetebol gasta mil euros/ano em aluguer de pavilhões





A União Académica António Aroso (UAAA), clube amador de basquetebol do Porto, gasta anualmente cerca de 40.000 euros em aluguer de pavilhões para poder treinar e jogar, disse à agência Lusa o diretor Miguel Cerquinho.

Fundado em 1963, o clube compete em todos os escalões de formação, masculinos e femininos, da Associação de Basquetebol do Porto (ABP), usufruindo desde 2001 do estatuto de Instituição de Utilidade Pública, sendo que é a falta de pavilhão próprio o que mais pesa na gestão da UAAA.

“Temos uma despesa anual a rondar os 40.000 euros com o aluguer diário dos pavilhões da Escola Leonardo Coimbra, Liceu Garcia de Orta, Escola Manoel de Oliveira e Escola Francisco Torrinha”, uma realidade que o dirigente considera “injusta quando comparada com os clubes de fora do Porto com quem compete”.

E acrescentou: “Todos os clubes de Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Maia, Valongo, Póvoa de Varzim, Gondomar, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Ponte de Lima são fortemente apoiados pelas respetivas autarquias, com a disponibilização gratuita de instalações desportivas.”

Com cerca de 300 atletas inscritos para a época 2017/18, a direção do clube enfrenta “enormes dificuldades” para conseguir cumprir com todas as obrigações, num conjunto de deveres a que se somam as inscrições dos atletas e o pagamento das arbitragens dos jogos.

“Somos o maior clube de basquetebol da cidade”, salientou Miguel Cerquinho, que conta com cerca de 30 treinadores, que implicam um investimento anual de cerca de 55.000 euros, enquanto a receita das mensalidades dos atletas atinge os 88 mil euros.

A singular situação que atravessa – em que anexo ao facto de ser o clube com mais atletas reside o de ser o único no Porto sem pavilhão próprio -, a UAAA tem-se aguentado “à custa dos apoios pontuais” recebidos da União das Freguesias de Aldoar, Nevogilde e Foz do Douro e da Porto Lazer, entidade que gere os equipamentos desportivos municipais e a quem paga, ao mesmo tempo, os alugueres.

A imaginação para gerar eventos como campos de férias no verão e estágios de pré-época, e cativar patrocínios ainda assim, lamentou Miguel Cerquinho, não evita que “tenha de haver investimento próprio dos diretores”.

“A nossa esperança é conseguir sensibilizar a Porto Lazer e a União de Freguesias para a celebração de protocolos que suavizem as despesas com o aluguer dos equipamentos desportivos”, disse o responsável do clube da zona oeste do Porto, distinguido em 2017 com a atribuição pela câmara da Medalha Municipal de Valor Desportivo – Grau Ouro.

Na época 2016/2017, o clube inscreveu 230 atletas, “tendo 17 deles atingido um nível desportivo superior, com chamadas a seleções distritais e nacionais”, elogiou o dirigente.

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