Uma série de visitas guiadas, jogos, cinema e exposições integram o programa com que o Porto vai assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS), 18 de abril, aproveitando para dar a conhecer melhor alguns dos elementos patrimoniais mais significativos da cidade e da sua história.
A programação vai desenrolar-se ao longo de todo o dia, mas contempla pelo menos uma atividade ao fim da tarde, que foi especialmente desenhada a pensar no público mais jovem e que trabalha. Contempla também um pedipaper na zona da Sé e um momento musical na Casa do Infante, pelas 15,30 horas, a cargo da ESMAE.
Casa do Infante
De acesso livre mas sujeito a inscrição prévia, as iniciativas começam logo pelas 09,30 horas, na Casa do Infante, com uma exposição organizada pela ACER – Associação Cultural e de Estudos Regionais, que tem por objetivo divulgar as obras e os arquitetos mais emblemáticos com presença na cidade. Esta exposição fica patente até ao dia 22 de abril, entre as 09,30 e as 12,30 e entre as 14 e as 17 horas.
Aproveitando a ocasião, haverá uma visita orientada à Casa do Infante, com início às 11 horas, para percorrer diacronicamente a iconografia do Infante D. Henrique até à contemporaneidade. Nesta viagem, será revisitada a ocupação romana, a Alfândega Régia e os principais marcos dos Descobrimentos Portugueses.
Porto desaparecido
Da parte da tarde, as opções são várias a partir das 14,30 horas. “Porto desaparecido” é o mote para a museóloga Isabel Andrade Silva guiar os participantes através de um percurso com partida do edifício da Câmara, que irá identificar a localização e reconhecer edifícios, fontes, chafarizes, cruzeiros e praças, invisíveis aos olhos mas descritos em documentos.
Muralha Fernandina
À mesma hora, o arquiteto e investigador Luís Aguiar Branco parte da entrada da Ponte Luís I para uma visita através da Muralha Fernandina no seu troço ribeirinho.
Desde a sua construção, no séc. XIV, a cerca gótica do Porto foi um elemento estruturador do desenvolvimento urbano da cidade, marcando a imagem e o desenho urbano das zonas que percorreu.
O troço ribeirinho da chamada Muralha Fernandina, o primeiro a ser construído, é um testemunho das diferentes épocas da história do Porto e das grandes opções urbanísticas que os seus diferentes governos encetaram.
Da Vitória a Miragaia
O arquiteto municipal António Moura, que esteve ligado à declaração do Porto como Património da Humanidade, inicia este percurso às 15 horas, no Largo Amor de Perdição (junto à Cadeia da Relação/CPF), e vai percorrer o morro da Vitória, visitar os principais monumentos – Cadeia da Relação, Igrejas das Taipas, de Nossa Senhora da Vitória e de S. João Novo – e ajudar a descobrir alguns troços da muralha fernandina, terminando em Miragaia.
Barcos Rabelos na autoestrada do Douro
A coordenadora do Museu do Vinho do Porto, Liliana Pereira, é anfitriã de uma sessão que tem lugar neste equipamento, a partir das 15 horas, e durante a qual será apresentado, discutido e visionado o documentário “Barcos Rabelos”, realizado em 1960 por Adriano Nazareth.
Nele se dá conta do rio Douro enquanto via de comunicação e da sua importância no comércio do Vinho do Porto; os barcos rabelos e as suas tripulações; como era a vida a bordo de um barco rabelo; quem eram os marinheiros do Douro; e como era a sua epopeia fluvial Douro abaixo e Douro acima.
Génese da Ponte da Arrábida
“História de um álbum fotográfico – a génese da Ponte da Arrábida” é o pretexto para tomar as fotografias da inauguração desta ponte e recuar ao tempo em que se começou a sentir a necessidade de uma nova travessia sobre o rio Douro. Vai então ser possível perceber o que levou às escolhas do local, do projeto e de Edgar Cardoso como projetista.
Esta viagem ao passado começa às 15 horas, na Casa do Infante, e tem como condutor o técnico municipal Manuel Araújo.
Pedipaper na Sé
Também às 15 horas, tem início o pedipaper “À descoberta da Sé”, um percurso pedonal na zona envolvente da Casa-Museu Guerra Junqueiro, a partir da Rua de D. Hugo, mesmo junto à Sé.
Sob orientação da técnica Clotilde Fernandes, esta ação visa, através de desafios e obstáculos, dar a conhecer o velho burgo portuense e a própria Casa-Museu, que inclui uma das mais notáveis coleções de artes decorativas da cidade.
Nos Passos da Foz Velha
A última atividade da programação municipal tem início às 18 horas e, retomando ainda a temática pascal, vai percorrer algumas artérias da Foz.
Sob orientação do arquiteto Francisco Sousa Rio, investigador do património arquitetónico com especial interesse nas estratégias para a salvaguarda do património da cidade do Porto, será efetuado o percurso da procissão da Paixão de Cristo através das ruas da Foz Velha, com visita às cinco pequenas capelas dos Passos. O ponto de partida é a Igreja de S. João da Foz.
Para mais informações e inscrições (obrigatórias), aceda aqui.