Galiza quer introduzir o português como língua estrangeira no secundário
O presidente da Junta da Galiza (Espanha), Alberto Nuñez Feijóo, disse hoje, no Porto, que tem intenções de “paulatinamente” introduzir o conhecimento do português como língua estrangeira no ensino secundário galego.
Hoje, depois de receber a Medalha Municipal de Honra da Cidade pelo seu contributo para o relacionamento entre o Norte de Portugal e a Galiza, o presidente da junta galega recordou o Memorando de Entendimento para a Adoção do Português como Língua Estrangeira de Opção e Avaliação Curricular no Sistema Educativo Não Universitário da Comunidade Autónoma da Galiza, assinado em fevereiro de 2015, e afirmou que a intenção atual é ir “introduzindo paulatinamente o conhecimento do português como língua estrangeira dentro da educação secundária na Galiza”.
Feijóo disse também que há intenção de ampliar estudos bibliográficos da língua galega e portuguesa nas respetivas bibliotecas.
Na área da Educação, o presidente da Junta da Galiza assumiu que o “programa de cooperação interuniversitária deve continuar, assim como a mobilidade de estudantes e a promoção de projetos formativos comuns”, acrescentou Feijóo.
Há “quatro áreas importantes” para reforçar da colaboração entre galegos e o Norte de Portugal, observou o presidente da junta galega.
Além da área da Educação e da Cultura, Feijóo falou também no âmbito institucional e no setor da Economia, referindo a necessidade de dinamizar os “respetivos mercados”, com Jornadas de Emprego no âmbito da eurorregião e no âmbito institucional” e organizando reuniões políticas setoriais.
“Temos instrumentos muito importantes para materializar a cooperação”, afirmou recordando que têm à disposição a primeira estratégia de especialização inteligente transfronteiriça da União Europeia, e que aspira a mobilizar 360 milhões de euros até 2020.
O presidente da Junta da Galiza defendeu também a vontade de trabalhar com o Norte de Portugal para ambos se “posicionarem no mercado latino-americano”.
“Tanto a Galiza, como Portugal têm condições para reforçar a nossa colaboração no Brasil e nos países latino-americanos, trocando informação, fazendo missões conjuntas dos empresários, intensificando a nossa relação”.