O Porto vai voltar a içar a Bandeira Azul nas zonas balneares de Gondarém, Foz e Homem do Leme, que abrangem oito praias. Este é o 10.º ano consecutivo em que a cidade ostenta o galardão ambiental.
A manutenção deste símbolo de qualidade, em quase toda a extensão da corda costeira do Porto, fica a dever-se sobretudo ao investimento na modernização da rede de saneamento e águas pluviais e no tratamento de efluentes, assumido pela empresa municipal Águas do Porto.
Qualidade da água, Gestão ambiental e de equipamentos, Segurança e serviços e Informação e Educação são os grandes itens que agrupam os critérios para atribuição da Bandeira Azul a uma zona baldear. A distinção, após processo de avaliação, é feito pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa, a secção portuguesa da Foundation for Environmental Education. Este ano, o galardão é atribuído a 320 praias.
A primeira zona balnear do Porto a receber a Bandeira Azul foi o Homem do Leme, onde “o vaivém das águas translúcidas, ora azul intenso ora verde-esmeralda, desvenda afloramentos rochosos com mais de 570 milhões de anos”, lê-se no website da ABAE, que atenta para o facto de esta ser uma praia acessível a cidadãos com mobilidade reduzida “com acesso à zona de banhos por rampa, tiralô, instalações sanitárias adaptadas e posto de socorros acessível”.
A segunda foi a zona balnear da Foz, um conjunto de cinco praias (Luz, Ingleses, Ourigo, Carneiro e Pastoras) “de declives suaves e de areia fina”. Esta área balnear, afirma a ABAE, “possui modernos equipamentos de apoio, bons acessos rodoviários, transportes públicos, parque de estacionamento e parque de bicicletas”. Aqui começa o Passeio Geológico da Foz do Douro, “onde se observam algumas das rochas mais antigas do País, num percurso de 2 km até ao Castelo do Queijo”.
Seguiu-se, há oito anos, Gondarém, área balnear composta por duas praias (Molhe e Gondarém) que se estende “desde o monumental paredão que a delimita e protege, a norte – o Molhe – até uma delgada língua de areia de onde sobressaem dois arcos de abrasão marítima. A beleza da zona rochosa que se deixa ver entre marés também confere uma característica peculiar à paisagem. Esta é uma área abrigada, segura e propícia à natação, servida por modernos equipamentos de apoio, bons acessos rodoviários, transportes públicos, parque de estacionamento e parque de bicicletas”, faz notar a Associação Bandeira Azul.
Só a Zona Balnear do Castelo do Queijo não recebeu o galardão, apesar de apresentar uma qualidade “boa” para a prática balnear (a atribuição da Bandeira Azul exige um grau de qualidade “excelente”).