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Foi há 16 anos que o Boavista foi Campeão

18 de maio de 2001, passam agora 16 anos. Naquela noite de Sexta-Feira foi escrita uma página inédita no futebol português. O Boavista fez xeque-mate aos adversários e sagrou-se pela primeira vez Campeão Nacional da I Liga.
Jogadores como Martelinho, Silva, Petit, Ricardo, Litos, Rui Bento, Sanchez, e o treinador Jaime Pacheco, subiram ao panteão das glórias axadrezadas e tornaram-se heróis no Bessa. Nas ruas do Porto voltou a festejar-se um título de campeão, mas desta vez as bandeiras azuis deram lugar aos quadrados pretos e brancos.
A época até nem começou bem, sendo que à 6.ª Jornada o Boavista era 7.º com dois empates e uma derrota. O Benfica, um dos habituais candidatos à vitória, ocupava o 9.º lugar, com apenas duas vitórias. Campeão em título, o Sporting começou a época como um dos principais candidatos, numa época em que se reforçou com João Vieira Pinto. Mas era o FC Porto, já sem o grande goleador Mário Jardel, que seguia isolado na frente, seguido por Sp. Braga e Salgueiros, e só depois aparecia o Sporting.
No final da primeira volta, o Boavista, que tinha vindo a recuperar na tabela, venceu o FC Porto por 1-0, com golo de Martelinho, e passou a ocupar a liderança, com mais um ponto dos que os azuis.
Na jornada seguinte, uma derrota do FC Porto na Luz deixou o Boavista isolado, com quatro pontos de avanço sobre o Porto e cinco sobre o Sporting. O Boavista foi avançando a passos firmes e um empate entre FC Porto e Sporting, à 25.ª jornada, deixou ambos os clubes a seis pontos do Boavista.
Direcção e treinador assumiram a candidatura ao título a oito jornadas do fim e, nesses oito jogos, o Boavista somou sete triunfos e uma derrota (4-0 nas Antas na última jornada, já com o campeonato ganho).
O primeiro dos perseguidores a ficar para trás foi o Sporting que, à 29.ª jornada, perdeu com o Boavista por 1-0, com um golo para a história de Martelinho marcado aos 89 minutos. O jogador só marcou quatro golos na Liga nessa época (frente ao FC Porto, Sporting, Salgueiros e Paços), mas acabou por marcar dois dos golos chave para o título boavisteiro (FC Porto e Sporting).
Chegou então o dia 18 de maio, penúltima jornada da Liga. O Boavista defrontava o D. Aves, equipa já despromovida. Graças a um auto-golo de Jorge Soares, o Boavista ficou em vantagem no marcador logo aos 22 minutos. E na segunda parte Elpídio Silva e Whelliton fizeram o 3-0 final.
O campeonato acabava assim com 23 vitórias, oito empates e apenas três derrotas. Mal o árbitro fez soar o apito final, a mancha axadrezada que encheu o Bessa espalhou-se pelas ruas da Invicta e foi crescendo, crescendo. O maior palco da festa foi a Rotunda da Boavista sendo que a euforia boavisteira invadiu toda a cidade.

 

Texto de: Nuno Cruz

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