Grande Porto liderou a taxa de ocupação em hotéis nacionais em junho, mês em que se registou uma subida de dois dígitos em quase todos os indicadores, segundo dados da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP).
De acordo com o AHP Tourism Monitors, ferramenta de recolha de dados da hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP, em junho registo para o crescimento a dois dígitos nos preços em praticamente todos os destinos (à exceção do Estoril e Madeira no preço médio por quarto ocupado).
A taxa de ocupação por quarto subiu 2,2 pontos percentuais na comparação homóloga, com a AHP a destacar o crescimento de 5.6 pontos percentuais nas unidades de três estrelas, ao conseguirem uma taxa de 80%.
Por destinos, o Grande Porto liderou a taxa de ocupação, com 90%, seguindo-se Lisboa (88%) e a Madeira (87%), com os maiores crescimentos a terem lugar no Minho (13,4 pontos percentuais), Leiria/Fátima/Templários (12 pontos percentuais) e Açores (6,6 pontos percentuais).
A taxa de ocupação neste primeiro semestre foi de 67%, numa subida de 3,5 pontos percentuais.
No mesmo período, o preço médio por quarto ocupado fixou-se nos 93 euros, ou seja mais 13% que em junho de 2016, sendo os destinos com mais acréscimos o Grande Porto (19%), Coimbra (18%) e o Oeste (17%).
A nível do RevPar (receita por quarto disponível), a subida foi de 16%, para 76 euros, com destaque para Lisboa (97 euros), Algarve (88 euros) e Grande Porto (83 euros).
No período analisado, a receita média por turista teve um aumento superior a 7%, fixando-se nos 131 euros, com destaque novamente para o Grande Porto, que teve um crescimento de 19%, e para a Madeira com uma receita média de 299 euros.
A presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, assinalou a “grande surpresa do mês” que o Grande Porto representou em termos de maior taxa de ocupação, recordando a “influência” do festival de música Primavera Sound e de “outros eventos de atração internacional”.
As estatísticas divulgadas hoje mostraram que as dormidas de cidadãos nacionais corresponderam a 28% do total, enquanto os estrangeiros representaram 72%. Por nacionalidade, o mercado alemão representou 15%, o britânico 14% e os franceses e espanhol 6%, cada.
Em junho, lazer, recreio e férias dominaram a motivação das dormidas nos hotéis nacionais, com 78%.