Projecto para hotel e apartamentos de habitação não inclui parte do edifício que é propriedade da Câmara do Porto
O hotel que vai nascer no edifício dos Correios, junto à Câmara do Porto, não irá afectar os serviços municipais instalados naquela estrutura, como o Gabinete do Munícipe. Isto porque essa parte do edifício, (rés-do-chão e pisos superiores), pertence à autarquia e esta “não tem qualquer intenção de alienação desta fracção” do prédio, garantiu ao PÚBLICO fonte da assessoria de imprensa do município.
Parte considerável do imóvel irá ser intervencionada para albergar uma unidade hoteleira e fracções de habitação, num projecto de Ginestal Machado, que será desenvolvido pela Habitat Invest e o Grupo Ferreira. Segundo o semanário Expresso, estas empresas irão investir 55 milhões de euros na reconversão do edifício que se encontra desocupado em 85%, para que passe a receber 104 quartos e 70 apartamentos. A zona ainda ocupada alberga uma loja dos CTT que, ainda segundo o Expresso, terá um contrato de arrendamento que termina em Março.
Com um Pedido de Informação Prévio aprovado, o projecto deverá começar a ser concretizado em obra ainda este ano, passando, sobretudo, pela modernização do edifício que, além das valências já referidas, deverá receber ainda seis lojas e manter um espaço dedicado aos CTT.
Nada disto, contudo, irá afectar a parte do imóvel que pertence à Câmara do Porto e que alberga, por exemplo, o Gabinete do Munícipe. Questionada sobre essa situação, a assessoria de imprensa da autarquia explica que toda essa área é “propriedade da Câmara do Porto” e assim continuará a ser. “Esta parte do edifício não está incluída no referido projecto do hotel. A Câmara do Porto não tem qualquer intenção de alienação desta fracção do edifício, nem para a construção de uma unidade hoteleira nem para outro qualquer destino”, refere.