Acabou o “mandato” de Salvador Sobral, como ele prefere dizer, no Festival Eurovisão da Canção. Na hora do adeus, o cantor deu uma entrevista na qual critica fortemente as canções que são escutadas no certame.
É “o fecho de um ciclo” para o primeiro português a vencer o maior espetáculo de música europeu. “É o funeral do Salvador Eurovisão e o nascimento do Salvador músico. Era assim que eu gostava que fosse vista a coisa”, explica o intérprete de “Amar Pelos Dois”, o tema que lhe deu visibilidade mundial com a sua participação no Eurofestival.
Horas antes de passar o testemunho a Netta, a israelita que venceu a edição deste ano do concurso com a canção “Toy”, que o irmão de Luísa Sobral considerou ser “uma música horrível”, o português concedeu uma entrevista ao programa digital “Diário de Bordo”, em que critica os temas escolhidos pelas diversas nações concorrentes ao festival.
oana Martins e Rui Maria Pêgo louvaram o facto de há um ano, em Kiev, na Ucrânia, os ensaios de Salvador nunca serem iguais, algo que, na opinião dos entrevistadores, não se observa em todos os participantes.
O intérprete explica que nunca cantava “Amar Pelos Dois” da mesma forma, “só quando contava, quando eram os ‘jury shows'”. “O problema deles é que têm de cantar sempre igual e ainda por cima o que cantam é uma merda. É uma chatice, pá”, diz.
Na noite em que cedeu o lugar a Netta, Salvador Sobral voltou a subir ao palco da Eurovisão, pela primeira vez montado em Portugal, para cantar o seu novo “single”, “Mano o Mano”. Depois, voltou a interpretar o tema que o tornou conhecido, exatamente neste certame, ao lado do cantor brasileiro Caetano Veloso.