A patrulha da PSP tinha sido chamada à rua Júlio Dinis, em Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, por causa de ruído numa festa particular. Mal pararam a viatura, os dois agentes foram rodeados por dez pessoas. Um dos PSP foi surpreendido, agarrado pelo braço, espancado com murros e pontapés por todo o corpo e atirado ao chão. Levou, diversas vezes, com um tijolo de quase três quilos na cabeça.
O gang conseguiu até tirar do coldre a arma de serviço do agente – apesar desta ter ficado sempre presa a um fio de 23 centímetros – e desferiu-lhe várias pancadas com a mesma no peito. Enquanto era agredido, o PSP tentou lançar gás neutralizante, sem efeito.
O ataque ocorreu em agosto de 2014. Quatro elementos do grupo, todos da mesma família, vão começar a ser julgados no final deste mês, no Tribunal de Gaia. Respondem por tentativa de homicídio e resistência e coação sobre funcionário.
O Ministério Público pede que o agente seja ressarcido em 11 mil € devido às lesões sofridas. Também o polícia, de 39 anos, é assistente no processo e pede uma indemnização de 41 mil €, uma vez que atualmente vive com dores permanentes na coluna e sensibilidade no crânio.
Refere o processo que o outro elemento da patrulha tentou defender o colega tendo efetuado seis disparos, tanto para o ar como para o solo, mas não conseguiu dispersar o grupo.
As agressões só terminaram quando chegaram ao local, numa rua sem saída, reforços policiais.