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Câmara Municipal do Porto emite comunicado sobre páginas falsas de Facebook

Em comunicado no portal PORTO., a Câmara Municipal do Porto informa (comunicado na íntegra):

“A Câmara do Porto detetou a abertura de várias páginas em diversas plataformas de redes sociais em seu nome, contendo mensagens supostamente da autoria do Presidente da Câmara ou dos funcionários municipais. Tais contas, falsas e anónimas, têm vindo a ser denunciadas às plataformas que as suportam e onde se encontram alojadas.

 

Esta prática, que visa atingir politicamente o presidente da Câmara do Porto e funcionários municipais, não é inédita. Em 2016 e 2017, com o aproximar do período eleitoral, foram criadas várias páginas cujos autores se esconderam – algumas delas ainda ativas – e foram enviados centenas de milhar de e-mails para portuenses, em que os autores se faziam passar por terceiros e onde, invariavelmente, se procurava denegrir o bom nome do Presidente da Câmara, através de mentiras e calúnias que se misturavam com factos reais.
Na sequência das denúncias feitas pela autarquia ao Ministério Público, a investigação da Polícia Judiciária pôde encontrar pelo menos um local e IP a partir dos quais eram feitos alguns desses ataques digitais que, pela dimensão e sofisticação, foram inéditos em Portugal, visando adulterar os resultados eleitorais.
A investigação do MP e da PJ conduziu a suspeitos, incluiu buscas numa autarquia de freguesia, num tribunal e levou os inspectores a interrogar políticos, funcionários de uma Junta de Freguesia, uma funcionária judicial e uma jornalista. Pelo menos uma das plataformas globais digitais que serviu para suportar os falsos e-mails colaborou com as autoridades, fornecendo a origem das mensagens e até números de telemóvel associados.
A Câmara do Porto, sempre que tiver mais dados sobre esse assunto, fará chegar ao Ministério Público informação, com vista à reabertura do processo.
Infelizmente, estes procedimentos criminosos, que custaram aos seus autores valores avultados, pagos sabe-se lá como a servidores instalados no estrangeiro para disparar mentiras e calúnias e influenciar o sentido de vota dos eleitores, ficaram, na investigação, sem acusação, por não ter sido possível ainda ao Ministério Público reunir prova suficiente contra os suspeitos que chegou a indicar na extensa investigação desenvolvida.
Perante qualquer novo ataque, como os que estão agora a ser identificados, através da criação de falsas páginas no Facebook, Instagram, Twitter e outras plataformas, a Câmara do Porto agirá sempre em conformidade, não deixando de usar os meios à sua disposição para identificar os autores e proceder contra eles, tanto mais que está demonstrado que as autoridades têm hoje, felizmente, meios e competência para os perseguir.
Apela-se aos munícipes que detetem este tipo de página e ataque, cobarde, mentiroso e anónimo, que denunciem às respetivas plataformas qualquer página que percebam ser falsa.”
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