Greve Ryanair cancela voos no Porto
Dez voos para esta quarta-feira foram já cancelados nos aeroportos de Lisboa e no Porto devido à greve dos tripulantes de cabine da Ryanair, segundo informação disponível às 7.30 na página da ANA – Aeroportos de Portugal.
Os tripulantes de cabine da transportadora aérea Ryanair cumprem esta quarta e quinta-feira uma greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional.
— Ryanair (@Ryanair) July 24, 2018
De acordo com informação disponível na página da ANA, às 7.30 horas estavam cancelados dois voos que deviam partir do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com destino a Beauvais, Paris (França) e outro para a ilha Terceira, nos Açores.
— Ryanair (@Ryanair) July 25, 2018
Estão também cancelados quatro voos com partida prevista do aeroporto Sá Carneiro, no Porto, com destino a Bruxelas (Bélgica) e Marselha, Clermont-Ferrand e Lorient (França).
Estão ainda cancelados quatro voos com chegada prevista ao Porto provenientes de Bruxelas (Bélgica) e Marselha, Clermont-Ferrand e Lorient (França).
Às 7.30 horas não havia mais informação sobre cancelamentos de voos da Ryanar na página da ANA.
A decisão de partir para a greve foi tomada a 5 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.
Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.
A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de abril.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) tem denunciado, desde o início da paralisação, que a Ryanair substitui ilegalmente grevistas portugueses, recorrendo a trabalhadores de outras bases.
A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.
Por essa razão, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) tem, “desde a semana passada, vindo a acompanhar esta situação e a desenvolver todos os passos necessários para identificar situações que possam, eventualmente, ferir a legalidade do nosso quadro constitucional do direito à greve”, acrescentou.
No domingo, a ACT anunciou ter desencadeado uma inspeção na Ryanair em Portugal para avaliar as irregularidades apontadas pelo SNPVAC.