▶️Vídeo: Incêndio que deflagrou numa garagem de um prédio obrigou ao resgate de moradores
Instalou-se o pânico entre os moradores, tendo havido quem saltasse do primeiro andar e quem descesse por lençóis. Dois carros danificados.
Três pessoas ficaram feridas e cerca de uma dezena foram evacuadas dos seus apartamentos, na madrugada desta quinta-feira, devido a um incêndio numa garagem de um prédio na freguesia de Travanca, Santa Maria da Feira. As chamas causaram estragos em três garagens individuais e duas viaturas ficaram danificadas
O incêndio, que ocorreu cerca das 3.40 horas, numa garagem individual, levou a que, para além dos três feridos que foram transportados para o Hospital S. Sebastião, dois por inalação de fumo e um devido a ferimentos, várias outras pessoas fossem assistidas no local pelos bombeiros devido à inalação de fumos e ao estado de ansiedade.
O fumo alastrou pela parte coletiva da garagem e subiu para os pisos superiores começando a fazer-se sentir com intensidade dentro dos próprios apartamentos, acordando os moradores em sobressalto.
Sucederam-se gritos desesperados por socorro por parte dos moradores que, devido ao fumo intenso, já não conseguiram descer pelas escadas de acesso à rua.
Sem saberem que as chamas estavam confinadas à zona da garagem, alguns dos moradores, confrontados com o fumo, entraram em pânico, foram para as varandas e houve quem tentasse sair pelos seus próprios meios para o exterior.
Um homem atirou-se do primeiro andar sofrendo vários ferimentos. Houve, ainda, uma família com um filho menor que desceu por lençóis e quem saltasse para cima de uma autocaravana que se encontrava perto de uma varanda.
A maioria seria, no entanto, retirada pelos bombeiros, inclusive com ajuda de uma autoescada.
“Acordei com os gritos dos vizinhos”, contou, ao JN, Amílcar Dias. “Quando vi aquele fumo todo vim para a varanda e fugi para o exterior”, acrescentou aquele morador do rés-do-chão do edifício.
Também Luís André, que vive no segundo andar com a mulher e uma filha de cinco anos, acordou de sobressalto, com o grito das pessoas. “Fomos à porta, mas já não pudemos sair devido ao fumo muito intenso”, contou.
O casal e a filha acabariam por ser resgatados pelos bombeiros através da autoescada. “Felizmente foi mais o susto de que outra coisa”, disse Luís André.
Já Flávio Correia, que se encontrava no recinto da Viagem Medieval, foi informado por um telefonema que os pais não conseguiam sair do apartamento devido ao fumo.
“Ainda vim tentar ajudar os meus pais a saírem”, contou. “Eles pegaram num lençol e desceram do primeiro andar por ele”, explicou.
Este familiar lamentou que nenhuma corporação dos bombeiros do concelho da Feira não tenha nenhuma autoescada, sendo necessário esperar para o efeito pelos bombeiros de São João da madeira.
O comandante dos bombeiros da Feira, Jorge Coelho, confirmou que o incêndio ocorreu numa garagem do prédio, mas o que terá estado na origem das chamas ainda era desconhecido.
“Encontramos um cenário de incêndio urbano com as chamas a estenderem-se por todo o prédio com necessidade de resgatar vítimas das varandas”. “Houve um ambiente de muito stresse vivido pelas pessoas devido ao fumo e às temperaturas”, explicou.
Estiveram no local 11 veículos com 30 operacionais dos bombeiros da Feira, São João da Madeira e Arrifana.
Duas patrulhas da GNR estiveram, ainda, no local assim como representantes da proteção civil que tentavam perceber se havia necessidade de realojar algum morador, já que houve quem ficasse temporariamente desalojado devido ao fumo.
artigo JN