Com entradas pelas ruas de Santo António (hoje 31 de Janeiro) e de Sá da Bandeira, o teatro Baquet foi mandado construir pelo alfaiate portuense António Pereira Baquet, em 1858.
Na noite de 20 de Março de 1888, ficou completamente destruído por um incêndio que deflagrou nos bastidores.
Durante a festa de benefício do ator Firmino Rosa um incêndio consumiu em poucas horas todo o interior do Teatro Baquet. A programação – extensa – incluía a ópera cómica Dragões de Vilares e a zarzuela Grã via, ambas do agrado de um público entusiasmado que “pedia furiosamente bis” (SOUSA BASTOS 1908: 321).
Foi a troca apressada de panos de fundo, para repetir a cena anterior – o quadro “Os três ratas”, desempenhado por Firmino, Sanches e Gomes – que fez com que, no contacto com uma gambiarra, um dos panos se incendiasse. O pano de boca foi baixado rapidamente, mas não impediu que o fogo fosse anunciado momentos depois pelos espectadores de um camarim com um postigo sobre o palco. O rápido alastrar do fogo, o fumo intenso, a falta de iluminação (tendo sido cortado o gás assim que o incêndio deflagrou) e o pânico geral resultaram na morte de cerca de 120 pessoas.