Grupo que, alegadamente, fornecia televisão por cabo pirateada a centenas de clientes por todo o país, vai começar a ser julgado esta sexta-feira no Tribunal de S. João Novo, no Porto.
Seriam cerca de 500 as pessoas a usufruir dos serviços oferecidos por este grupo, segundo o Jornal de Notícias. O esquema passava pela utilização de receptores importados da China e que tinha uma mensalidade de 10 euros, muito abaixo daquilo que é cobrado pelas operadoras legais portuguesas.
Segundo a acusação, o esquema funcionou entre inícios de 2011 e Outubro de 2013 e era gerido por 15 indivíduos a partir de Gonodmar que terão facturado, pelo menos, 100 mil euros, segundo as contas das autoridades.
O fornecimento de televisão por cabo era feito a partir de um sistema de cardsharing (partilha de cartões). Os líderes do grupo compravam um pacote da operadora Zon e adaptavam as boxes que importavam da China para terem livre acesso aos canais de televisão, explica o JN que diz ainda que dois dos membros do grupo eram sócios de empresas de importação de material electrónico e comércio de equipamento de satélite e um terceiro era técnico informático.
O sinal era transmitido a partir de Gondomar, Maia e Paços de Ferreira para todo o país. A maioria dos clientes e revendedores estava, contudo, nas zonas de Águeda, Celorico de Basto, Espinho, Felgueiras, Guimarães, Marco de Canaveses, Penafiel, Santa Maria da Feira, Setúbal, Viana do Castelo e Vizela.