O município da Maia está a testar a colocação de passadeiras 3D, cujo objetivo é criar uma ilusão de ótica que faz os condutores abrandar quando se aproximam, descreveu hoje a autarquia.
Em causa está, de acordo com informação remetida à agência Lusa pela câmara da Maia, um conceito pioneiro em Portugal que teve início no Japão e já foi implementado em Ísafjorour, na Islândia.
Trata-se de uma solução simples, quase um ‘ovo de Colombo’, na qual vemos potencialidades no incremento da segurança rodoviária, particularmente na defesa dos peões. Por isso esta solução ficará em teste e se a sua eficácia der provas no terreno eventualmente passará a ser usada noutros locais do concelho”, disse o presidente da câmara, António Silva Tiago.
A primeira passadeira 3D da Maia foi pintada esta semana junto ao Colégio Novo da Maia, em Milheirós, e a próxima será colocada, indicou a autarquia, no perímetro da nova Cidade Desportiva da Maia, no centro da cidade, estando o local exato a ser avaliado pelos técnicos.
Na prática, trata-se de uma pintura 3D no chão que dá o efeito de relevo das riscas brancas, o que, de acordo com estudos elaborados, provoca uma redução da velocidade dos condutores.
A passadeira cria uma ilusão de ótica que faz os condutores travarem ao aproximarem-se, uma técnica semelhante à aplicada nos painéis publicitários que normalmente se usam ao lado das balizas em estádios de futebol.
O efeito ótico 3D funciona de uma certa distância e durante breves segundos, provocando um abrandamento suave e não uma travagem abrupta.
Questionado sobre a adesão a este projeto, o autarca apontou que “quer aumentar a segurança rodoviária” e que os resultados de estudos feitos sobre este conceito são “muito interessantes”.
Vamos avaliar o impacto e se funcionar pretendemos adotar o conceito em mais locais do concelho”, disse António Silva Tiago, estando a avaliação de resultados programada para durar cerca de um ano.