Mulher corre atrás de cadela e morre atropelada
“Acho esquisito a cadela ter fugido porque quando fui até ao local ela tinha a trela presa no pulso. Provavelmente rebentou”, conta ao CM Isaura Teixeira, de 50 anos, ainda consternada com a morte da vizinha, Maria Freitas, de 82, atropelada esta sexta-feira de manhã na rua Dom Miguel, em Gondomar, enquanto passeava com a sua cadela.
O animal terá fugido para a estrada e ao tentar alcançá-lo a idosa acabou por ser brutalmente colhida. Ainda foi assistida pelos bombeiros de São Pedro da Cova e INEM, mas o óbito foi declarado no local.
“Já morreram três pessoas em frente à capela, ao atravessar a passadeira. É preciso mais segurança senão vai haver mais mortes”, diz ao CM José Fernandes, residente na zona.
A idosa, natural de Ribeira de Pena, Vila Real, residia há vários anos naquela rua de Gondomar, depois de ter regressado de França, onde trabalhou na agricultura. Deixa duas filhas – uma delas residia com a vítima –, dois netos e dois bisnetos.
A cadela, de nome Mimi, também acabou por ser atropelada, sofrendo ferimentos graves.
Num primeiro momento foi levada ao canil pela PSP e depois para uma clínica veterinária, em Rio Tinto. O carro era conduzido por uma mulher, que permaneceu no local.
PORMENORES
Energia
Além de passear com a cadela todos os dias, Maria Freitas era conhecida na zona por ir à missa diariamente. Era uma pessoa independente que possuía, segundo os vizinhos, “uma energia contagiante”.
Apaixonada
Segundo Isaura Teixeira, a cadela da vítima é “uma cadela de cor preta com pelo aos caracóis, uma espécie de caniche mas misturada”. Diz ainda que “a Maria era apaixonada por ela”.
Condutora
Devido ao violento embate o carro ficou com o capô e o vidro frontal bastante danificados. A condutora ficou no local durante os trabalhos dos bombeiros e da PSP, recebendo apoio familiar.