Site icon Rádio Portuense

Menino espera há seis meses por operação em sofrimento

Por vezes, Rodrigo esboça uma expressão de dor. Pode apenas gemer, mas, quando é impossível suportar, chora. Vânia, a mãe, e Nina, a irmã mais velha, já sabem que é preciso mudar o menino de posição, para lhe aliviar as dores causadas por uma luxação da anca contraída em maio e ainda à espera de cirurgia.

É desta forma que o Jornal de Noticias revela a história de Rodrigo Santos Silva.

Rodrigo Santos Silva, oito anos feitos há dias sem que o corpo, que não aparenta mais de cinco, acompanhe a idade devido a uma doença muito rara, estava na lista de espera do Hospital de S. João, no Porto, para uma operação de ortopedia, mas foi contemplado, no final de outubro, com um vale de cirurgia da ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) para poder ser operado em breve numa das cinco unidades hospitalares (da Região Norte) nele indicadas.

Vânia Santos Silva foi a cada um desses hospitais, mas todos recusaram operar Rodrigo. “Quando recebemos o vale, fiquei feliz por saber que ele podia ser operado rapidamente, mas ninguém aceitou o vale. Dirigi-me a todos os hospitais que constam da lista, mas nenhum aceitou operar o meu filho”, lamenta a mãe do menino, que se queixou à ACSS após a recusa das cinco unidades. “Duas explicaram que, por uma questão de ética profissional, os médicos de lá não podem operar porque também trabalham no S. João. Os outros três hospitais disseram que não têm ortopedia pediátrica. Segundo a ACSS, os vales são emitidos com um código, e não fazem a diferenciação entre adulto e criança, o que não faz sentido”.

Segundo Vânia, a ACSS explicou-lhe ainda que o utente “sai automaticamente da lista de espera [do hospital de origem] quando recebe o vale”, pelo que se viu “obrigada a anulá-lo”. E foi informada que os “390 utentes” indicados na carta do vale como estando “à frente” do filho no S. João passaram a ser “500 e tal”.

O artigo completo pode ser lido clicando na imagem abaixo.

Exit mobile version