O Ministério Público acusou uma funcionária da Empresa de Águas do Município do Porto de se apropriar de mais de 1.200 euros que deviam ter sido devolvidos a clientes, revelou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral Distrital.
Os factos reportam-se aos anos de 2013 e 2014, estando a arguida acusada pela prática de um crime de peculato e de outro de falsidade informática, segundo um despacho da 12.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto citado na página eletrónica da Procuradoria-Geral.
O Ministério Público considerou indiciado que a arguida se apropriou de várias quantias respeitantes a créditos de clientes sobre a Águas do Porto, no montante global de 1224,46 euros.
Segundo a acusação, a funcionária recebia pagamentos em numerário e tratava-os contabilisticamente no sistema informático.
“Mas lançava também o pagamento em numerário de uma nota de crédito que estivesse pendente no sistema, como se o credor da mesma tivesse comparecido nos serviços para o recebimento”, ficando com tal quantia.
Como os montantes das notas de crédito simuladamente pagas eram sempre inferiores ao montante dos recebimentos em numerário, “a arguida conseguia que, em termos contabilísticos, o sistema não aparentasse qualquer anormalidade”, aponta o Ministério Público.