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Portuguesa eleita a melhor enfermeira de… Inglaterra

Sílvia Nunes, uma enfermeira que nunca conseguiu emprego em Portugal venceu o prémio de “Melhor Enfermeira” de Inglaterra, esta sexta-feira.

Sílvia Nunes chegou à final do concurso com sete colegas ingleses e acabou mesmo por vencer. 

A CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário já deu os parabéns à ex-aluna. “Não há duas sem três.

A Silvia Nunes voltou a ganhar.  A nossa #alumni, vencedora do prémio The Good Nurse Award – “Melhor Enfermeira” da região Leste de Inglaterra, voltou a ganhar, no Dia Internacional da Mulher, o The Good Nurse Award, desta vez a nível nacional.

Mais uma vez e muito, muito, muito orgulhosos, as nossas maiores Felicitações”, escreveu a instituição no Facebook. O júri do prémio “The Good Nurse” destaca-lhe as qualidades: “A Sílvia representa o melhor da enfermagem num ambiente de lar. É inovadora, criativa, apaixonada e faz tudo pelos utentes, pelas suas famílias e pela sua equipa. Dá às pessoas o valor e a dignidade que elas merecem. Esforça-se para promover a enfermagem de alta qualidade dentro de sua equipa e é um excelente modelo”.

Sílvia Nunes, de 33 anos, teve uma ascensão rápida tendo em conta que mal falava inglês e não estava habilitada a trabalhar como enfermeira quando chegou ao Reino Unido, em 2014. Natural de Vila do Conde, saiu de Portugal frustrada com a dificuldade em encontrar emprego após a licenciatura na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, em 2013.

“Fui entregar o currículo a vários sítios à procura de trabalho, mas disseram-me sempre que não empregavam a enfermeiros qualificados há menos de um ano e nenhum hospital me chamou para concursos. Trabalhei num apoio domiciliário em Vila do Conde e era voluntária dos Bombeiros Voluntários, mas não era suficiente para sobreviver e pagar contas”, contou à Lusa. 

Em vez de seguir a via do recrutamento através de agências, como centenas de outros enfermeiros portugueses que trabalham em hospitais no Reino Unido nos últimos anos, Sílvia Nunes decidiu “entrar numa aventura” pelos seus meios.

“O meu inglês era fraco, quase inexistente, tive de aprender cá. Consegui trabalho num lar enquanto esperava o meu PIN [cartão profissional] para exercer através da Ordem dos Enfermeiros de cá, que demorou 10 meses”, contou à Lusa.

Em dezembro de 2015, sete meses depois de trabalhar como enfermeira, foi promovida a diretora clínica e em setembro de 2016 a vice-diretora, tendo contribuído para melhorar o funcionamento ao nível do pessoal, mas também da assistência aos residentes.

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