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Ilha dos Amores: uma ilha paradisíaca e secreta do rio Douro

No concelho de Castelo de Paiva, onde se juntam os rios Paiva com o Douro, está escondida a Ilha dos Amores.

Há uma pequena ilha deserta e paradisíaca no Douro .Fica em Castelo de Paiva, onde o rio Paiva cruza o Douro. A Ilha dos Amores – assim é conhecida – merece uma demorada visita. Terra de mistérios e lendas, é um dos tesouros mais desconhecidos desta Região, mas também das riquezas mais encantadoras.

Descubra agora esta pequena ilha perdida no Douro que vai surpreender qualquer visitante que com ela se cruze…

Pode não ser a Ilha dos Amores cantada por Luís de Camões nos seus Lusíadas, aquele paraíso que Vénus construiu para premiar os heróis lusitanos pelas suas conquistas, mas é uma Ilha encantadora no meio de um reino verdadeiramente “maravilhoso”… o Douro!

E esta “Ilha dos Amores” que falamos é bem mais que um mito. É uma realidade, apesar de parecer ter sido retirada das histórias mais românticas de todos os tempos. Esta é uma pequena ilha deserta, praticamente em estado bruto, no meio de um dos rios mais bonitos do mundo!

A formação desta ilha deve-se à subida das águas há centenas de anos atrás, que formaram um pequeno pedaço de terra que conta agora com 29 metros de altitude e 1400 metros2. A ilha, também conhecida como “Ilha do Castelo”, testemunha o cruzamento dos rios Paiva e Douro e marca o encontro dos distritos do Porto, Aveiro e Viseu.

E como quase todas as ilhas, está repleta de mistérios. As lendas – algumas mais trágicas que outras – dão-nos conta de um amor proibido vivido há dezenas de anos atrás entre uma fidalga e o filho de um lavrador. Já a História será um dia contada pelas ruínas de uma torre defensiva que prova que ainda há muito para descobrir no meio de uma paisagem tão sublime.

Reza a lenda que um lavrador e uma fidalga da região viveram uma história de amor ao nível de Pedro e Inês. Pelo que se conta, um nobre pediu a mão da fidalga, ficando o lavrador de coração partido ao saber que iria perder o amor da sua vida. Num ato de loucura, matou e atirou ao rio Douro o novo pretendente da sua amada. Com medo das consequência, fugiu para ilha.

Mas o amor pela jovem fidalga desafiava o perigo, decidindo voltar e pedir-lhe para ela viver com ele na ilha. Mas quando atravessavam o rio num pequeno barco, formou-se uma tempestade. Não sobreviveram e a história acabou. Nasceu a lenda e um nova aura na ilha, que passou a ser dos Amores.

O encanto deixado pela lenda continua a despertar o interesse dos mais curiosos. Há quem faça piqueniques, acampamentos ou apenas desfrute da paisagem, conta o responsável pela manutenção do espaço que, na Praia do Castelo, tem uns quatro ou cinco barcos. Um dos maiores leva doze pessoas e está à espera de ser restaurado.

Esta ilha tem um pequeno Cais e, por isso, numa viagem de barco, podemos explorar este que é considerado um dos tesouros do Douro! Não se encontrarão, certamente, as Nereidas de Camões mas encontram-se outras riquezas naturais.

É um verdadeiro oásis que os olhos comtemplam: desde plantas rasteiras a árvores altas e imponentes, o isolamento permitiu a conservação da sua genuína vegetação. Aqui pode encontrar-se o pinheiro bravo e o pinheiro manso, os carvalhos, oliveiras, tamargueiras, juncos, freixos, amieiros, entre outros.

Aqui parece que o tempo para. E o cheiro doce e fresco envolve-nos com o som do rio a correr e dos pequenos pássaros a cantar. A confusão das grandes cidades está longe… Passeie e contemple o “excesso de Natureza” que por aqui habita. E porque não um mergulho para refrescar a tarde em pleno Verão Duriense? A água cristalina e calma lança o convite e vai querer mesmo aproveitar!

Desde a história da fidalga e do lavrador, não são conhecidas mais histórias da amor vividas na ilha. Mas quantos amores não terão começado ali, no meio do Douro?

fonte: Cruzeiros Douro

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