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10 passos para te deixares seduzir pelo Porto, segundo o EL PAÍS

O EL PAÍS, através do jornalista Javier Martin del Barrio, seleccionou 10 pontos pelos quais a cidade do Porto “seduz” quem a visita.

Abaixo transcrevemos esses 10 pontos, que são motivo “para se apaixonar por esta cidade no norte de Portugal, rodeada pelo rio Douro e pelo Oceano Atlântico”

1 – Bater-papo: os cafés Quando os encontros em cafés estavam no auge, nos anos 1920, o Majestic reunia a ‘intelligentsia’ local, e hoje, atrai curiosos estrangeiros, pois mantém sua arquitetura art nouveau. O Café Guarany (1933) renasceu nas proximidades, na Avenida dos Aliados. O outrora Café Imperial é agora o McDonald’s mais bonito do mundo. Nem tem que andar muito para se sentar na Confeitaria do Bolhão (1896) e A Pérola do Bolhão (1917), todos na mesma rua e junto ao mercado.

2- Gaia: cruzar e olhar Para muitos, a mais bela vista do Porto é obtida pela frente, em Vila Nova de Gaia. A ponte de Luis I, construída por um discípulo de Eiffel, une as duas cidades. Você poderia dizer que Gaia é linda graças ao Porto e vice-versa. De suas margens, os armazéns de vinho antigos, cinzentos e austeros formam uma espécie de ardósia dos Alpes, onde se destacam as propagandas de vinícolas lendárias. Por razões de transporte, mas também climáticas, em Gaia as cubas de vinho foram armazenadas e por lá permanecem. Dentro há um labirinto de becos intrincados. Alguns dos armazéns são agora locais de provas, grelhados e albergues como The house of Sandeman, com vistas imbatíveis da outra fachada do rio, a do Porto.

3-Comprar: a praça dos Clérigos Harry Potter fez mágica. Ele fez a livraria Lello & Irmão ganhar dinheiro vendendo livros. A escritora J. K. Rowling encontrou inspiração no Porto, nas capas negras dos estudantes e na escadaria das livrarias. A praça dos Clérigos reúne os Pottermaníacos, os compradores de bacalhau da Casa Oriental e os bravos dispstos a subir os 225 degraus da Torre dos Clérigos.

4- Admirar: azulejos celestiais Para conhecer a vida dos santos no Porto não é necessário entrar nas igrejas, basta olhar para as suas fachadas de azulejos azuis e brancos. Destaca-se a parede lateral da igreja do Carmo, coberta em 1912 com ilustrações do Monte Carmelo. Nas duas torres da igreja de San Ildefonso, Jorge Colaço elaborou com alegorias sobre a Eucaristia, e o artista pintou a vida de Santo Antônio na dos Congregados. Não menos espetacular é a Capela das Almas e o claustro de azulejos da catedral.

5-Respirar: Fundação de Serralves É um museu? Jardim? Jardim Zoológico? É tudo em um. A Fundação de Serralves (Rua D. João de Castro, 210) é um dos recursos para jogar fora às cegas porque há sempre algo interessante: pode ser uma exposição ou um passeio entre as suas árvores exuberantes, visitar a casa cor-de-rosa Art Deco ou a quinta. de vacas e ovelhas. Entretenimento segurado para crianças e adultos. Ele também tem um bom restaurante e casa de chá, entre fontes e limiares de pérgolas. E um de seus pavilhões foi projetado por Álvaro Siza, Prêmio Pritzker em 1992.

6-Descobrir: Rua das Flores Da estação São Bento, com seus 20.000 azulejos pintados à mão, descemos até a Rua das Flores, com suas lojas centenárias e a sala de chá Joia da Coroa. E na fachada do Museu da Misericórdia pendura uma escultura de Rui Chafes.

7-Passear: Bombarda e suas galerias de arte A Rua de Miguel Bombarda, na parte superior, é uma área despretensiosa, cujas ruas foram ocupadas por oficinas de artistas; galerias como Ó!, Quadrado Azul ou Trindade; lojas de glamour e pensões como La Favorita e restaurantes legais como Oficina. A rua, anteriormente isolada, é hoje o centro das preocupações artísticas.

8-Pedalar: rumo ao oceano de bicicleta Ir de bicicleta ao longo do Douro é uma experiência agradável. A azáfama da Ribeira é abandonada e avançamos para a foz do rio e o rugido do oceano, onde o Porto muda o nome para Foz e depois para Matosinhos. Um passeio com paradas no parque da cidade e nas praias até o espetacular Terminal de Cruzeiros. Antes de retornar, nós repomos forças na Marisqueira dos Pobres.

9-Navegar: em barco, Douro adentro O Douro é a denominação de vinho mais antiga do mundo (1756). A viagem de barco no interior do Douro pode durar horas ou dias. Uma experiência essencial para entender o Porto e o mérito dos seus viticultores que plantaram vinhas em terras inóspitas. A navegação até o Pinhão (a mais recomendada, por 75 euros) descobre fazendas entre encostas e terraços de xisto. A degustação é garantida e, se for época, a coleta ou trituração da uva em uma quinta também.

10-Comer: uma ‘francesinha’ No Porto você tem de experimentar uma francesinha. É composto por uma montanha de pão fatiado, queijo, bacon, carne, ovo frito e salsichas, tudo bem regado com molho, mais ou menos picante, e acompanhado de muitas batatas fritas. O Requinte, a Mauritânia Real e a Bufete Fase são os meus lugares favoritos para este prazer culinário.

AUTOR: JAVIER MARTIN DEL BARRIO – EL PAÍS

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