A prova Gaia Street Stage, que fazia parte da sétima etapa do campeonato do mundo de ralis, foi cancelada pela organização depois de a Câmara Municipal de Gaia ter informado o Automóvel Club de Portugal que não tinha condições financeiras para acolher a prova, prevista para o dia 1 de Junho. O cancelamento da prova foi anunciado esta quinta-feira pelo ACP.
“A Câmara Municipal de Gaia decidiu, à última hora e devido a questões internas, não acolher a Gaia Street Stage. Desta forma, o Automóvel Club de Portugal foi forçado a cancelar a especial citadina”, explica o ACP em comunicado.
“Estando a menos de um mês da prova, não é realista encontrar, em tempo útil, uma alternativa. Tratando-se de uma decisão imprevista e totalmente alheia à organização, o Automóvel Club de Portugal lamenta profundamente a situação”, acrescenta o ACP na mesma nota, na qual dá conta da retirada da Gaia Street Stage do programa da sétima etapa do campeonato do mundo de ralis, prevista para 01 de Junho, nas 14.ª e 15.ª especiais cronometradas.
Depois de a notícia do cancelamento da prova ter sido tornada pública, o autarca de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, escreveu na sua página no Facebook que “a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia transmitiu hoje [quinta-feira] ao Automóvel Clube de Portugal, após uma reunião de organização ontem ocorrida, a decisão de não participar na realização deste evento, agendado para o próximo dia 1 de Junho.” Esclarece que “tal decisão prende-se, essencialmente, com a indefinição relativa à comparticipação financeira constante da candidatura que, em Dezembro de 2018, esta câmara municipal apresentou aos fundos do Turismo de Portugal, juntamente com outros municípios”.
Segundo o presidente da autarquia, “esta demora resultou no facto de apenas no decorrer desta semana termos tido conhecimento (ainda não oficializado) de que a verba seria substancialmente inferior ao inicialmente previsto expectável, o que obrigaria a um esforço financeiro do município de Gaia na ordem dos 600 mil euros”.
“Além do enorme peso desta verba adicional para o município, este atraso representa também constrangimentos relativos às questões administrativas e procedimentos que, neste momento, não seriam ultrapassáveis face à legislação em vigor, designadamente o Código da Contratação Pública, pondo assim em causa as condições de segurança e outras, impostas pela organização da prova”, adianta o socialista Eduardo Vitor, sublinhando tratar-se de “uma decisão particularmente difícil, porque contrária à sua vontade, já que há alguns meses aceitou com entusiasmo a proposta de integração de Gaia nesta prova”.
Com o cancelamento da Gaia Street Stage, o Rali de Portugal vai ficar reduzido a 18 especiais cronometradas.