Os trabalhos de reparação da Ponte da Arrábida, no Porto, de onde se desprenderam vários pedaços de argamassa, começam esta segunda-feira, obrigando à supressão da via da direita no sentido Porto – Gaia, entre as 22h e as 06h.
Segundo a Infra-estruturas de Portugal (IP), a intervenção, que vai estender-se até 1 de Junho, prevê o tratamento e protecção do recobrimento da estrutura na zona inferior do tabuleiro, pelo que é “necessário implementar restrições à circulação no tabuleiro, “sempre em período nocturno de modo a minimizar os impactos na mobilidade das pessoas”.
Assim, de 27 a 30 de Maio, entre as 22h e as 06h, vai ser suprimida a vida da direita no sentido Porto – Gaia, e de 30 de Maio a 1 de Junho, no sentido Gaia-Porto.
De acordo com a IP, seguem-se os trabalhos de recobrimento de armaduras que se iniciam a partir de 17 Junho, por um período de duas semanas.
A IP tinha já realizado uma intervenção preventiva de retirada controlada do betão destacado na noite de 15 para 16 de Maio, na sequência da queda de vários pedaços de argamassa do tabuleiro da ponte, na noite de 14 Maio, que levou a Câmara do Porto a proceder ao corte do trânsito, por precaução.
À data a IP e Ministério da Infra-estruturas garantiam que se trata de argamassa de revestimento superficial, não existindo nenhum dano estrutural na ponte, pelo que a sua “estabilidade e segurança não está em risco”.
Os trabalhos de preventivos arrancaram um dia após a queda dos pedaços de argamassa, tendo sido contratada para o efeito “uma plataforma bybridge que permitirá dar início aos trabalhos de remoção controlada.
Na altura, a IP anunciava ainda que, em data a anunciar brevemente, seriam também executados trabalhos de revestimento e protecção das vigas.
A Ponte da Arrábida, que liga o Porto e Vila Nova de Gaia, é Monumento Nacional desde 2013 e segundo a IP tem sido objecto de inspecções regulares, a última em 2013, estando prevista para este ano uma nova inspecção principal.
Em resposta à Lusa, a empresa pública esclareceu, à data, que desta “inspecção resultou uma classificação de EC2, ou seja, com um estado de conservação bom”, pelo que, de acordo com o determina o Sistema o Sistema de Gestão de Obras de Arte (SGOA), a realização de uma próxima Inspecção Principal seria realizada num intervalo de 6 anos.
A IP salientava ainda que tem contrato com o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil para “a realização de inspecções anuais às Obras de Arte especiais, nas quais se inclui a Ponte da Arrábida, sendo que o último relatório de inspecção do LNEC a esta estrutura é de Janeiro de 2019”.