“A experiência dos primeiros quatro dias de interrupção da circulação do metro no tabuleiro superior aponta para que a alternativa preferencial dos clientes para a ligação entre Gaia e o Porto é mesmo o atravessamento pedonal da ponte”, disse hoje à Lusa fonte da Metro do Porto.
A mesma fonte disse que, em dias úteis, mais de 90% dos clientes optam por essa via e percorrem a pé a distância de 800 metros entre as estações de S. Bento (Porto) e do Jardim do Morro (Gaia), enquanto que no fim de semana o atravessamento pedonal foi escolhido por 95% dos clientes.
A circulação do metro no troço da Linha Amarela entre aquelas duas estações, que é feito através do tabuleiro superior da ponte Luiz I, está inoperacional desde sábado devido a uma avaria num dos aparelhos de dilatação da ponte, devendo os trabalhos de reparação durar 10 dias.
Para substituir a ligação do metro entre as margens do rio Douro, a Metro do Porto está a disponibilizar um serviço vaivém de autocarros.
A Metro do Porto referiu também que, “naturalmente, o tempo de ligação assegurado pelo metro — dois minutos — é imbatível se comparado com o atravessamento em autocarro”.
“Os autocarros contratados que fazem o vaivém direto entre as estações S. Bento e Jardim do Morro têm realizado um tempo de percurso médio na ordem dos 20 minutos, estando sujeitos às contingências do trânsito”, frisou, acrescentando que a taxa de ocupação deste serviço é de cerca de 20% no sentido Gaia/Porto e de cerca de 30% no sentido inverso.
A Metro estima que, “em dia útil, cerca de duas mil pessoas viagem neste transporte alternativo”.
O transporte alternativo está a ser garantido por oito autocarros em exclusivo, “permitindo que sempre que um veículo de metro chega a uma das estações haja um autocarro à espera dos clientes, ou seja, o eventual tempo de espera até à partida é feito a bordo”, explicou a fonte.
A empresa salienta que “não se regista uma diminuição na procura da Linha Amarela (D)” com a interdição de circulação dos veículos na ponte.
A Metro do Porto vai continuar a disponibilizar este serviço de transporte direto e dedicado entre aquelas estações enquanto durar a intervenção na Ponte Luiz I e admite “reforçar o número de autocarros em circulação, se tal se justificar”.
A empresa refere ainda que, para além das linhas regulares da STCP – especialmente a 904 e 905 – e das de operadores rodoviários privados, os clientes podem usar a ligação em comboio CP entre as estações de General Torres e de Campanhã.
A avaria que motivou esta suspensão da circulação sobre o tabuleiro da ponte foi detetada no âmbito de trabalhos de manutenção corrente.
Durante o período de reparação da avaria, a Linha Amarela continua a funcionar, operando em dois segmentos: entre as estações de S. Bento e do Hospital de S. João (Porto), com a oferta habitual, e entre as estações de Jardim do Morro e de Santo Ovídio (Gaia), com uma frequência de dez minutos.