O Tribunal São João Novo, no Porto, condenou esta segunda-feira 119 pessoas, entre instrutores, examinadores e alunos de escolas de condução do Grande Porto, a penas de prisão efetiva e suspensa por participarem num esquema de corrupção com cartas de condução.
O julgamento, que iniciou em setembro de 2017, começou com 131 arguidos, mas nove tiveram suspensão provisória do processo e, entretanto, dois morreram, diminuindo assim para 120.
Destes 120 arguidos, seis deles, entre instrutores e examinadores, foram condenados a penas efetivas entre os cinco anos e seis meses e dez anos de prisão e um acabou por ser absolvido.
Além disso, o tribunal proibiu os arguidos, ora condenados, de exercer funções durante determinado período de tempo.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso, os candidatos usavam auriculares e microcâmaras escondidos na roupa para filmar os ecrãs dos computadores durante a realização do exame do Código da Estrada e, assim, obter a resposta correta.