A Casa Escondida, que é também uma das mais estreitas do país, está entre as propostas curiosas incluídas no percurso turístico-cultural com que a Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo está a assinalar os 250 anos da sua igreja.
A ideia é percorrer a história da instituição através do seu património, que assim abre as portas para visita da igreja, na confluência da Rua do Carmo com as praças de Gomes Teixeira (“Leões”) e de Carlos Alberto, e da Casa Escondida, uma construção que de tão estreita passa despercebida entre a Igreja do Carmo e a Igreja das Carmelitas, sendo até desconhecida de muitos portuenses a sua existência.
Apontada como a mais estreita da cidade do Porto, a Casa Escondida foi concluída na mesma altura que a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em 1768. Recebeu reuniões secretas durante as Invasões Francesas, no Liberalismo, Cerco do Porto e, logo após a proclamação da República, na perseguição às Ordens religiosas.
No percurso pelos edifícios e estruturas da instituição, cujas origens remontam a 1736, está também incluída a Sacristia, cuja decoração é como uma extensão da própria igreja, e a descida às Catacumbas, que albergam uma mostra única das Pratas da Ordem do Carmo, um exemplar conjunto da prataria portuguesa que esteve exposto no Museu Nacional de Soares dos Reis há cerca de dois anos.
A Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em estilo barroco-rococó, património nacional da autoria do arquiteto José de Figueiredo Seixas, com influências de Nicolau Nasoni, foi mandada construir por leigos carmelitas, em 1756, e contempla 10 altares que encaminham a uma contemplação da arte secular religiosa, acompanhada pelas descrições das suas representações.
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