Esta é uma praga que foi detetada a 2 de janeiro no Zoo Santo Inácio, em Gaia, e aos poucos tem-se propagado por todo o concelho, fazendo com que as autoridades sanitárias tenham criado uma zona-tampão para que esta praga que afeta as plantas não se propague pelo território nacional e cause sérios estragos na agricultura.
Na zona da Areosa, (na Avenida de Fernão de Magalhães e na Rua de Costa Cabral, por exemplo)
Segundo a noticia publicada hoje pelo Jornal de Noticias, os moradores criticam o facto de não haver mais informação a explicar “que bactéria é esta de que falam nos cartazes”. Uma bactéria que se alimenta do xilema (vasos condutores da seiva), secando as plantas.
“Nos cartazes dizem que não há risco para as pessoas e animais, mas está tudo em letras pequenas. Mas quem é que nos garante que daqui a uns meses não nos vêm dizer que, afinal, isto é prejudicial?”, questiona Reinaldo Queirós – citado pelo Jornal de Noticias – residente na Rua de Costa Cabral e que, junto a uma das placas colocadas há uma semana pela Câmara do Porto, discute o assunto com dois amigos.
CIGARRINHA DA ESPUMA
“Não existe qualquer risco para as pessoas e a nossa principal preocupação é evitar a dispersão do problema e que a bactéria chegue aos meios rurais e afete a agricultura”, explicou ao JN Carla Alves, diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte. O objetivo é que não haja transporte de plantas deste raio de cinco quilómetros em torno dos focos de infeção para o exterior. Até ao momento, foram detetados 32, todos em Vila Nova de Gaia, mas a zona-tampão abrange já o Porto, Gondomar, Santa Maria da Feira e Espinho.
As plantas alvo são a lavanda e o tojo, esta última com espinhos e flor amarela muito comum em áreas mais rurais e de mato. Foi numa lavanda do Zoo Santo Inácio que a Xylella fastidiosa foi detetada em Portugal numa das prospeções feitas pela Direção Regional de Agricultura e Pescas.
A propagação é feita por um inseto vetor, a cigarrinha da espuma, que vai picando as plantas, transmitindo assim a doença que não tem cura. São aplicadas medidas fitossanitárias, mas a planta infetada tem de ser arrancada e destruída.
Artigo fonte: Jornal de Noticias /
Fotos: Rádio Portuense