Duas pessoas da comunidade católica de Canelas, Vila Nova de Gaia, acusadas por difamar o vigário-geral da Diocese do Porto, António Coelho de Oliveira, chegaram a um acordo com o visado, pedindo-lhe desculpas.
O caso, cujo julgamento ira decorrer na Instância Local Criminal de Vila Nova de Gaia, relaciona-se com a destituição do anterior padre de Canelas, Roberto de Sousa, consumada em 2014 e geradora de uma divisão na comunidade católica daquela localidade que ainda subsiste.
Os arguidos eram o líder da contestação à saída do padre, que foi o fundador do movimento “Uma Comunidade Reage”, Miguel Rangel, e que estava acusado de difamação agravada ao vigário-geral, e a paroquiana Luzia Pereira, a quem era imputado o crime de ameaça agravada ao mesmo responsável diocesano.
Luzia Pereira, diz a acusação, dirigiu mensagens de telemóvel ofensivas ao vigário-geral, que se constituiu assistente no processo, pelo menos em novembro de 2014 e fevereiro de 2015, uma das quais acusando-o de “não passar de um traidor e de um Judas Iscariotes”.
Já Miguel Rangel, refere o Ministério Público, escreveu na rede social Facebook, em março de 2015, que a Cúria Diocesana “curto-circuita a gestão do centro social e paroquial para secar fundos e aproveita esse dado para acelerar a exoneração indigna e imoral do sacerdote” Roberto de Sousa.
Luzia Pereira manifestou arrependimento pela sua conduta e Miguel Rangel fez um pedido público de desculpas e vai publicar essa menção no Facebook e no Jornal de Notícias, como publicidade paga.
Ficou decidido ainda que ambos vão também entregar mil euros ao Centro Social de Grijó, Vila Nova de Gaia.