A Câmara do Porto revelou segunda-feira estar a ponderar utilizar o Ramal da Alfândega para criar uma “ligação rápida” entre as zonas de Campanhã e Alfândega, para “retirar o tráfego automóvel do centro histórico” da cidade.
Em resposta ao deputado socialista Rui Carlos Lage, que levou à sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto “a falta de atenção dada às escarpas” por parte da autarquia, Rui Moreira anunciou que estão a ser “analisados dois projetos que não podem ser somados um ao outro”.
Segundo o presidente da Câmara, um dos projetos assenta na criação de “uma ligação rápida” entre a zona de Campanhã e da Alfândega, com recurso a um veículo autónomo, no Ramal da Alfândega, uma curta via ferroviária no sudeste da cidade que foi encerrada em 1989.
“Devemos nós utilizar esse canal para uma ligação rápida com um veículo autónomo e que faça a ligação em quatro minutos, com débito de vinte e tal mil passageiros por ano”, questionou Rui Moreira.
A outra solução, “mais interessante”, passa por fazer a ligação “através de uma ciclovia pedonal para fruição dos cidadãos, que fazem a ligação a Gaia pelo tabuleiro da ponte D. Maria”.
Rui Moreira afirmou ainda que o “problema da passagem das águas” do Ramal da Alfândega já foi retirado e que as obras “já foram feitas”.
“Aparentemente, a forma mais razoável de retirar tráfego automóvel do centro histórico seria ter um veículo autónomo que fizesse essa ligação, mas ao fazermos isso, não vamos ter a fruição de um espaço magnifico, com vistas magnificas para fazer uma ciclovia e uma fruição de um espaço magnifico. As duas coisas não são conjugáveis”, referiu.
O autarca salientou que este vai ser “um grande debate” e que a autarquia vai falar com todas as forças políticas, uma vez que “não tem certezas nenhumas” sobre que projeto implementar naquela zona.