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Petição pela reativação da Linha do Douro até Barca D’Alva com 13.500 assinaturas

A petição pública em defesa da requalificação e reativação da Linha Ferroviária do Douro até Barca d’Alva, com subsequente ligação a Espanha, foi subscrita por 13.500 pessoas, disse, este sábado, a Liga dos Amigos do Douro Património Mundial.

A Liga dos Amigos do Douro Património Mundial (LADPM) e a Fundação Museu do Douro lançaram em junho uma petição pública que defende a “completa requalificação e reabertura da Linha do Douro”.

O objetivo era recolher as 4.000 assinaturas necessárias para levar o abaixo-assinado à discussão na Assembleia da República.

“A reação das pessoas foi absolutamente notável e consubstancia-se numa adesão massiva a esta causa”, afirmou o presidente da LADPM, António Filipe.

Seis meses e 13.500 assinaturas depois, o responsável disse que os promotores estão “mais convencidos da urgência e relevância da iniciativa”.

“A Linha do Douro é fio condutor de quatro destinos classificados como património mundial pela UNESCO (Porto, Douro, Côa e Salamanca). A sua memorização ou desaparecimento constituiria uma séria ameaça ao estatuto que o Alto Douro Vinhateiro (ADV) conquistou”, afirmou.

António Filipe falava no decorrer das comemorações do 18.º aniversário da classificação do Douro pela UNESCO, que decorreram em São João da Pesqueira, no distrito de Viseu.

Também presente na cerimónia, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, afirmou que “comunga na sinalização do interesse que essa infraestrutura teria para a região, em particular para o turismo”.

Ressalvou que este assunto não depende da sua secretaria de Estado, mas sublinhou que esse “ativo seria muito importante para que a região pudesse crescer a nível de metas turísticas”.

Os promotores da petição defendem “a relevância da Linha do Douro no quadro dos atributos que levaram à classificação do ADV como Património Mundial pela UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] e a importância que este projeto tem para o desenvolvimento endógeno do Alto Douro Vinhateiro”.

A petição pública pede aos deputados para “ponderarem e promoverem que seja devidamente contemplado na versão final do Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), ou em outro instrumento público adequado, o investimento na reabertura, requalificação e modernização de toda a Linha do Douro, até Barca d’Alva”.

O objetivo é ainda que seja “assegurado o investimento na ligação entre Barca d’Alva e La Fuente de San Esteban, na província de Salamanca (Espanha)”.

“Que o Governo estude a questão com o Governo espanhol, não seja somente uma questão de Portugal. Nós não acreditamos na Linha do Douro enquanto ramal, do Porto até Barca d’Alva, acreditamos numa Linha do Douro reconstruída até Salamanca, ligada à rede europeia”, afirmou António Filipe.

A ligação internacional foi encerrada a 01 de janeiro de 1985 e o lanço entre Pocinho e Barca d´Alva fechou em 18 de outubro de 1988.

Também a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro), que agrega 19 municípios, elencou a Linha do Douro, a par do Itinerário Complementar 26 (IC16) e da Via Navegável do Douro como investimentos prioritários no âmbito do PNI 2030.

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