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Reservas de sangue em alerta amarelo

“Apelamos a que todos os portugueses a façam, independentemente do género, idade [entre os 18 e os 65 anos] ou origem étnica, e a todos aqueles que, sendo saudáveis, nunca deram sangue”.

Segundo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), foi registado uma quebra de 39%  das reservas nacionais de sangue no mês de abril, relativamente ao valor médio diário das reservas nacionais em comparação com o mesmo período do ano passado. Estes valores apresentados são mais um resultado deste período que vivemos devido ao covid-19.

Para tentar combater esta queda das reservas de sangue, foram feitos apelos aos dadores através do envio de SMS que convocam os dadores ativos. Esta foi uma das medidas previstas no Plano de Contingência para a Reserva Estratégica Nacional de Sangue quando é acionado o primeiro nível de alerta, o amarelo, que se mantém desde 16 de março.

Segundo o IPST poderá ser ativado o nível seguinte de alerta, o laranja, pois já só existem reservas para os próximos cinco a sete dias. De qualquer maneira, este nível de alerta só entra em vigor se passar a existir apenas sangue para entre 3 a 5 dias, comprometendo as atividades cirúrgicas. O alerta mais grave, o vermelho, só é acionado quando as reservas apenas derem para 3 dias, não conseguindo assim dar resposta aos pedidos de sangue de emergência.

O IPST afirma que, “A dádiva de sangue é especialmente necessária neste período em que, gradualmente, a atividade cirúrgica eletiva vai recomeçar. Apelamos a que todos os portugueses a façam, independentemente do género, idade [entre os 18 e os 65 anos] ou origem étnica, e a todos aqueles que, sendo saudáveis, nunca deram sangue”.

Importante relembrar que um dador não deve entrar no espaço de colheita se viajou nos últimos 28 dias para zonas com transmissão comunitária de covid-19, se esteve doente com febre, tosse ou falta de ar nos últimos 28 dias, se esteve em contacto com doentes potencialmente infetados com covid-19 ou se veio de uma zona que esteja de quarentena por casos de covid-19.

As dávidas de sangue passaram a ser feitas apenas por marcação prévia nos Centros de Sangue e Transplantação de Lisboa, Porto e Coimbra. Também para garantir mais segurança, foram alterados os procedimentos de colheita, através do distanciamento entre dadores e pela medição da temperatura. Os enfermeiros presentes nos centros de dádivas, devem usar máscara, bata e luvas de uso único.

Autor: Luís Santos | Rádio Portuense

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