Após o surto do coronavírus em todo o mundo, as discotecas e bares ao longo do país foram gradualmente fechando, chegando estes a ser o primeiro setor a fechar portas.
Existem mais de 100 estabelecimentos só na zona metropolitana do Porto, que se encontram em risco após estarem dois meses sem abrir. Nisto, estão envolvidos mais de 1000 funcionários que se arriscam a perder os seus empregos de forma definitiva. António Fonseca, presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, deu uma conferência de imprensa na passada quarta feira, onde propôs uma série de medidas muito importantes para que este setor possa recuperar desta crise inesperada.
Na carta que será enviada ao Governo por parte deste setor, uma das sete medidas é a dispensa de pagamentos à Segurança Social e Finanças e isenção da Taxa Social Única nos anos de 2020 e de 2021. Estes pedem também apoio na criação de um fundo do valor perdido “ correspondente aos salários dos postos efetivos, durante o período mínimo de nove meses “ na condição de os trabalhadores manterem o seu emprego, caso os estabelecimentos voltem a abrir. Adicionalmente, pede-se uma ” extensão do prazo de contrato de arrendamento “ e um adiamento de “ todos os créditos por um período mínimo de 18 meses “.
Dizendo sentirem-se “ ignorados pelo Governo “, António Fonseca admite que os bares e discotecas têm aguentado todas as dificuldades em silêncio. Reclama existir uma “ falta de diálogo e respeito “ para aqueles que se encontram a trabalhar nessa área e por isso é importante reivindicar os seus direitos.
Port: Sandra Seidi | Rádio Portuense