A partir do próximo dia 12 de julho [domingo], o comboio Miradouro passa a assegurar todas as ligações inter-regionais que circulam entre o Porto e o Pocinho, um dos trajetos ferroviários mais emblemáticos da nossa rede”, refere um comunicado da empresa.
(Abaixo recuperamos uma reportagem de SIC NOTICIAS de 2017)
Em causa está um comboio histórico cujos percursos foram suspensos em 2019, altura em que a CP justificou a paragem alegando falta de rentabilidade.
Em 04 de abril do ano passado, a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) classificou como “escandaloso” o fim deste comboio turístico e anunciou ter pedido reuniões urgentes à CP e ao Ministério das Infraestruturas.
No dia 11 do mesmo mês, o então presidente da CP referiu que os comboios turísticos no Douro e no Vouga não iriam acabar, justificando o reajustamento em função da taxa de ocupação e da rendibilidade do produto.
“Temos números de taxas de ocupação e do número de passageiros transportados. Há uma queda acentuada de 2017 para 2018. Em 18, caiu. Em função desse comportamento da procura, houve necessidade de reajustar o modelo. O que é que fizemos? Mantivemos a oferta, quer no Vouga, quer no Douro, todos os sábados, no período que vai de junho a outubro”, afirmou então Carlos Nogueira.
Recentemente, em 03 de junho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, acompanhado do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, fez uma viagem no comboio Miradouro, entre o Porto e a Régua, onde foi feita a apresentação das primeiras carruagens Schindler que entram ao serviço da CP na Linha do Douro.
A composição do Miradouro é formada por locomotiva e pelas carruagens Schindler, produzidas na década de 40 pela fabricante suíça com este nome.
Na sua nota de hoje, a CP acrescenta que estas carruagens “beneficiam de um grande espaço interior, de janelas amplas e panorâmicas”, o que proporciona aos clientes uma forma de “melhor contemplar, ao longo do trajeto, as paisagens do Douro vinhateiro”.
O comboio Miradouro resulta de uma aposta da empresa em recuperar um conjunto de material circulante.
Este é um comboio que assegurou o serviço de transporte na Linha do Douro, entre 1949 e 1977.