As retroescavadoras já se movimentam nos terrenos baldios onde vai nascer o futuro Parque da Asprela, o novo pulmão verde da cidade. A obra arrancou hoje e representa um investimento na ordem dos 1,64 milhões de euros, fundamentais para transformar este espaço natural, há muitos anos abandonado, num espaço verde aprazível para a utilização e fruição da população, tirando ainda partido das características hidrográficas da Ribeira da Asprela. O projeto associa o Município do Porto, através da empresa municipal Águas do Porto, a Universidade do Porto e o Politécnico do Porto.
Liderado pelo Município do Porto, o projeto define como prioridade o controlo ativo de cheias da ribeira da Asprela, através da criação de uma bacia de retenção com uma capacidade de 10.000 metros cúbicos, harmonizando-a com o espaço verde circundante.
Um plano determinante para a obtenção do financiamento do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e Transição Energética, no valor de um milhão de euros, relativo à temática “Adaptação às Alterações Climática – Recursos Hídricos”.
Com a construção do Parque Central da Asprela, em terrenos da U.Porto, será devolvida à população a utilização e fruição de um espaço natural verde que permitirá tirar partido da Ribeira da Asprela, e de outras ribeiras circundantes mais pequenas, que atualmente não têm condições de ser disfrutadas.
O enquadramento dos recursos hídricos é, de resto, o cerne do projeto do futuro Parque, que prevê a criação de espelhos de água, que vão interligar-se às estruturas verdes e aos percursos pedonais (também acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida) e cicláveis.
Como resultado, vai constituir-se uma zona de boa drenagem hídrica, que reduzirá significativamente a ocorrência de cheias e de inundações através da estabilização dos leitos e de margens, apostando-se também na regularização fluvial da Ribeira da Asprela. De igual forma, o projeto quer consolidar a estrutura verde do local, estimuladora da permeabilidade do solo e mitigadora dos problemas desencadeados pelas alterações climáticas, em linha com as ambições do próximo PDM neste domínio, e ainda com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Águas do Porto, no sentido de desentubar e reabilitar as ribeiras do Porto.
A empreitada tem duração prevista de 570 dias e foi precisamente hoje consignada. Representa um investimento de 1,64 milhões de euros, suportando ainda pelo consórcio.
Fonte: Porto.pt