Confrontos entre manifestantes e polícia em protesto da restauração no Porto

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A manifestação e buzinão de empresários da restauração e comércio, que decorre no Porto, registou momentos de tensão e confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.

Os empresários do Norte estão contra as medidas restritivas para travar a pandemia de Covid-19, decretadas no âmbito do novo Estado de Emergência. Estre os vários donos de restaurantes que estão no protesto figura o polémico chef Ljubomir Stanisic, que tem sido voz crítica do Governo relativamente à falta de medidas de apoio ao setor.

Junto à Câmara Municipal do Porto, após alguns participantes do protesto incendiarem objetos e caixões no local, gerou-se grande aparato e a PSP foi obrigada a reagir de forma mais musculada. Foram também arremessadas garrafas.

Houve troca de empurrões e insultos entre os manifestantes, que incluem o movimento “A pão e água” e os agentes da PSP que estão no local.

Largas centenas de pessoas concentraramm-se na Baixa do Porto, muitas seguindo as regras de prevenção da transmissão da Covid-19, como o distanciamento físico e o uso de máscara, no entanto, com o escalar de violência verificou-se que alguns manifestantes deixaram de respeitar as regras de distânciamento.

Necessário reforço policial
À Lusa, agentes da autoridade no local explicaram que os confrontos começaram quando os manifestantes tentavam apagar o caixão que se encontrava a arder junto à estátua de Almeida Garrett, na Praça General Humberto Delgado. 

Em circunstâncias em que nem agentes da PSP ouvidos pela Lusa conseguem clarificar, num momento em que a polícia se aproximou dos manifestantes, estes começaram a arremessar garrafas e pedras contra os agentes e contra uma carrinha policial que se encontrava do lado direito do edifício da Câmara do Porto (no sentido descendente da avenida dos Aliados), verificou a Lusa no local. 

De acordo com a polícia no local, até cerca das 18:00 não tinha sido feitas detenções, mas foi necessário um reforço de policiamento na Avenida dos Aliados, tendo sido chamadas mais quatro equipas de intervenção policial, cada uma com cerca de cinco elementos. 

Os ânimos acabaram por se acalmar, ainda antes da chegada do reforço policial.  

“Costa: faz outra proposta”, “Estão a matar quem não tem covid” e “Nove meses para nascer, nove meses para morrer” são alguns dos cartazes hasteados nas escadarias da Câmara Municipal do Porto e que mostram o descontentamento do setor. 

Munidos de frigideiras, colheres de pau, panelas e outros utensílios, os empresários consideram as medidas de apoio anunciadas pelo Governo “insuficientes”. 

O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.

Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

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