A Câmara do Porto decidiu suspender o pagamento dos parquímetros a toda a cidade já a partir de segunda-feira e enquanto existirem restrições à circulação.
“A medida ajusta-se à entrada em vigor de novas restrições à circulação e ao encerramento de todos os estabelecimentos de ensino e atividades de tempos livres”, referiu esta autarquia, numa publicação na sua página oficial.
Liderado pelo independente Rui Moreira, o município explicou que a decisão teve por base o anúncio do Governo de encerrar escolas e serviços públicos, regressando o país ao modelo de confinamento geral de março de 2020.
A Câmara recordou que esta decisão “sucede apenas ao fim de cinco dias de suspensão do pagamento dos parquímetros na zona ocidental, onde a gestão municipal é direta e onde, neste momento, um conjunto de obras de repavimentação condicionam também a disponibilidade de lugares naquela zona”.
“A autarquia sublinha que mantém a preocupação, em primeira linha, de salvaguardar o estacionamento dos moradores (garantindo uma solução para quem já tenha submetido o pedido de avença ou visto o pedido negado por falta de quota disponível), mas dado que as circunstâncias do dever de confinamento também se alteraram, entende que as decisões tomadas também devem acompanhar essa evolução”, descreve.
O PS e PSD do Porto já haviam defendido o alargamento, a toda a cidade, da suspensão do pagamento de parcómetros durante o confinamento, mostrando-se ainda disponíveis para viabilizar um acordo com o concessionário.
Desde 2016 que a EPorto, uma das sociedades que integra o Grupo Empark, detém a concessão do estacionamento pago na via pública da cidade do Porto, tendo arrecadado entre 2016 e 2019, mais de 13 milhões de euros de receita para o município.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.