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As ruas poéticas da cidade Invicta

Ontem, dia 21 de março, foi marcado pelo Dia Mundial da Poesia. Hoje relembramos a poesia que está espalhada pela cidade do Porto, nos cantos que só nós portuenses nos lembramos de encontrar.

Pela cidade fora, há poemas escritos em azulejos, escritos a caneta nas paredes, nas pedras, autocolantes espalhados pela Rua das Flores, como pinturas que não precisam de palavras para transbordar poesia.

Para honrar este género linguístico, criou-se um projeto de arte urbana intitulado de ‘Preencher Vazios’ e foi criado pela artista Joana de Abreu. Uma coleção de poemas em constante crescimento, com nomes nacionais queridos a todos nós.

Fotografia de Filipa Brito – Porto.

Como se pode ler no artigo publicado pelo ‘Porto.’, na Rua da Restauração, “o já antigo ‘Recado ao Porto’, uma rescrição do fado ‘Recado a Lisboa’ de José Viana, sobrevive imponente num muro, comprovando como a saudade, esse sentimento tão português, é feito de momentos que nos ficam gravados na memória, quando não também na pele.”

Uma cidade que transpira cultura, poesia, vinho, escrita.

Fotografia de Filipa Brito – Porto.

Como tripeira de gema, que viveu muito tempo fora da cidade invicta, são momentos e movimentos culturais como este que me fazem sentir em casa. Raízes tão presas a terra, impossíveis de serem quebradas. Os portuenses são orgulhosos, mas porque são seguros da sua terra.

Nasci, cresci e vou sempre pertencer à única cidade que me ensinou o que significa a palavra saudade.

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