A Câmara do Porto vai resgatar a Biblioteca Popular de Pedro Ivo para a cidade, adaptando o equipamento para fins culturais e recuperando este emblemático espaço público do Jardim do Marquês. As portas abrem já daqui a uma semana, a 29 de março.
Nuno Faria, diretor artístico do museu da cidade é o principal timoneiro ao leme nesta fase do projeto que segundo o próprio estará dividida em quatro fases.
A primeira fase arranca de 29 de março a 15 de maio e será com a Rádio Estação, instalando-se fisicamente na Biblioteca Popular de Pedro Ivo. Neste período a radio emitirá também em FM “constituindo-se como uma pequena biblioteca sonora ao ar livre”, referiu Nuno Faria, na reunião de Executivo Municipal. A Rádio Estação é um projeto artístico realizado por um amplo conjunto de pessoas com contributos diversos de diferentes áreas artísticas.
A segunda fase ocorrerá de 17 de maio a 10 de julho e ficará sob a coordenação do Teatro Municipal do Porto “para revelar o trabalho de estúdio de artistas em residência e o ponto de confluência de saberes e culturas do projeto europeu Moving Borders”, explicou Nuno Faria.
O Moving Borders é um projeto europeu, com financiamento por dois anos, que envolve sete cidades e instituições culturais europeias – Teatro Municipal do Porto, Hellerau European Centre of the Arts (Dresden), Le Maillon (Estrasburgo), Ringlokschuppen (Mülheim an der Ruhr), Spring Performing Arts Festival (Utrecht), Performing Arts Institute (Varsóvia) e Onassis Cultural Centre (Atenas).
Na terceira fase, que ocorrerá de 16 de julho a 12 de setembro, a Biblioteca Popular de Pedro Ivo funcionará como extensão da feira do Livro do Porto. Neste “aquecimento”, o equipamento cultural vai organizar o seu programa em torno da figura que lhe dá o nome, o escritor Pedro Ivo.
Por fim, a quarta fase estará sob a responsabilidade do Batalha Centro de cinema, durante os meses de outubro a dezembro. A proposta apresentada consiste na apresentação de uma obra fílmica comissariada a um projeto cooperativo de cinema do Porto.
Em 2022, o espaço continuará a operar no contexto cultural, mas já não será programado pelas equipas do universo da Câmara do Porto, esclareceu Nuno Faria. A intenção, adiantou o diretor artístico do Museu da Cidade, é que, nessa altura, seja feita “uma convocatória à comunidade local ou concurso de ideias, para a programação sazonal/anual da biblioteca, tendo em conta o seu carácter multidisciplinar mas, mais uma vez, não perdendo de vista a ligação à história do espaço”, assinalou.
Fonte: Porto.