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DGS poderá substituir a segunda dose da AstraZeneca em menores de 60 anos

Aqueles que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca, com menos de 60 anos, poderão ver uma substituição na segunda dose de qualquer outra marca, admitiu a Comissão Técnica de Vacinação contra o COVID-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS, notícia da semana passada, recomendou que a vacina da marca em questão passasse a ser administrada apenas a pessoas com mais de 60 anos, sendo que aproximadamente 200 mil portugueses de várias faixas etárias já foram vacinados com a primeira dose desta vacina.

Para já, segundo as declarações de um dos membros da comissão técnica, Luís Graça, a solução de substituição ainda está em estudo e a DGS está a aguardar estudos para que seja tomada uma decisão.

Luís Graça, especialista do Instituto de Medicina Molecular (IMM), explica que as autoridades têm até maio para analisar os incidentes nos outros países, encontrar alternativas e aguardar pelos dados, vindos principalmente da Universidade de Oxford onde está a ser estudado a eficácia da vacina e quão é seguro administrar uma segunda dose de marca diferente.

Luís Graça, investigador, diz ainda, segundo o JN, que “do ponto de vista do sistema imunitário, na segunda dose aquilo que se pretende é expor o nosso organismo às proteínas do vírus que estavam na primeira dose e todas as vacinas usam a mesma proteína – a proteína spike – pelo que do ponto de vista da imunologia, à partida, será equivalente a resposta imunitária induzida com uma vacina de uma marca diferente”. Assegura ainda que quando chegar a altura de Portugal administrar a segunda dose, em maio, que o país estará preparado com uma “estratégia mais segura e eficaz”.

Adiantou que enquanto as autoridades portuguesas aguardam estudos sobre misturar marcas de vacinas, outros países já optaram por substituir a AstraZeneca na segunda dose.

Comparando com a estratégia de outros países, Graça então diz: “Isto é uma mensagem de segurança também para estas pessoas de que não se está a tomar uma medida precipitada com base em dados incompletos, esperando algum tempo por dados mais robustos”.

Na semana passada, segundo os dados divulgados, 6% da população já tem a vacinação contra o COVID-19 completa, sendo que esta percentagem se traduz para cerca de 580 mil pessoas (cerca de 300 mil idosos com 80 ou mais anos). Com a primeira dose, segundo o relatório com dados até ao dia 4 de abril, 13% da população já foi vacinada (1 334 338 pessoas).

FONTE: JN

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