A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou ontem, quinta-feira, numa entrevista à ‘SIC Notícias’, os dois primeiros eventos-testes, dia 29 e 30 de abril, que vão decorrer em Braga, cada com 400 pessoas.
Ainda não foram avançados mais pormenores sobre estes eventos.
O setor da cultura, nesta situação de pandemia, têm sido dos mais prejudicados, e com esta iniciativa, pretende-se tentar recuperar o tempo perdido.
Seguindo o exemplo de Espanha e dos Países Baixos, Portugal irá realizar dois eventos-testes, dois sentados e outro de pé, com o objetivo de permitir à Direção-Geral de Saúde (DGS) avaliar as pessoas que estiveram presentes.
“O nosso compromisso é de abrir os equipamentos culturais como eles encerraram e a partir daqui trabalhar para identificar as condições de progresso para podermos estar em eventos ao vivo – sempre, naturalmente, de acordo com a evolução da pandemia,” adiantou a Ministra.
Estes dois espetáculos-piloto são o resultado do trabalho feito em conjunto com a DGS, com o objetivo de começar a testar a realização de eventos culturais e artísticos com grande público nas condições especiais de segurança sanitárias exigidas pela pandemia.
Graça Fonseca sublinhou que o Governo se comprometeu a abrir os eventos culturais, com constante análise das condições em que estes podem ser realizados ao vivo, consoante a evolução da pandemia em Portugal.
Todos os equipamentos culturais encerraram a 15 de janeiro, com o intuito de conter a pandemia do COVID-19, no âmbito das medidas de confinamento implementadas pelo Governo.
Desde 15 de março que as atividades culturais têm vindo a ser retomadas, por fases, onde livrarias, lojas de discos, bibliotecas e arquivos reabriram.
Já no início de abril, dia 5, museus, monumentos, palácios, galerias de arte e estabelecimentos similares voltaram ao funcionamento.
Agora, na terceira fase do plano de desconfinamento, 19 de abril, os portugueses voltaram a puder usufruir de teatros, auditórios, salas de espetáculo e cinemas. Onde passaram a ser permitidos também “eventos no exterior, sujeitos a aprovação da DGS”.
Apenas a 3 de maio, é que se irá considerar a realização de “grandes eventos exteriores e interiores, sujeitos a lotação definida” pela DGS, o que poderá vir incluir festivais, tendo sido todos para já adiados, tanto para o próximo ano, ou para o Outono.
O primeiro-ministro, António Costa, durante a apresentação do plano de desconfinamento, a 11 de março, sublinhou que este processo de reabertura de Portugal “está sujeito sempre a uma reavaliação quinzenal, de acordo com a avaliação de risco” adotada.
FONTE: O Jornal Económico/Sapo24