Numa notícia avançada pelo ‘Público’, o Concelho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) fez críticas duras a Manuel Heitor, Ministro da Ciência e Ensino Superior, pelo facto de os professores e funcionários do Ensino Superior não estarem incluídos nos grupos prioritários do plano de vacinação. O CRUP está a exigir que os mesmos sejam vacinados contra o COVID-19, o mais rapidamente possível.
Segundo o mesmo artigo, o CRUP não compreende porque é que os profissionais das universidades não estão incluídos no plano definido pelo Governo, já que todo o pessoal do Ensino Básico, Secundário e Creches foram vacinados.
António Sousa Pereira, presidente do CRUP comentou ao ‘Público´ que, “não há nenhuma razão científica que justifique” a exclusão dos profissionais e acusa que esta posição “só pode ter sido política”.
No Ensino Superior existem aproximadamente 35 mil professores, somando ainda cerca de 15 mil funcionários.
O presidente do CRUP sublinha que a situação “está a tornar-se complicada”, pois a decisão de não incluir os docentes e funcionários como prioridade provocou “um grande desconforto”, até levando alguns a “recusar dar aulas presencialmente enquanto não forem vacinados”.
Mariana Gaio Alves, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup), confirmou a situação ao ‘Público’, revelando ainda que foi lançado um aviso de greve no início da ano letivo, ainda em vigor, que permite aos professores recusarem dar aulas sempre que considerem não estar reunidas as condições sanitárias necessárias.
Vários docentes recorreram a esta opção, pois sentem-se “abandonados e injustiçados”, vivendo assim num clima de “grande revolta”.
FONTE: Executive Digest