Esta semana, a farmacêutica Pfizer anuncio que o seu medicamento oral para tratar a covid-19, que está a ser testado num ensaio clínico, pode estar disponível já no final deste ano.
Enquanto vacinamos o mundo, o trabalho de investigação na frente dos antivirais para tratar a covid-19 avança. Esta semana, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, anunciou que o fármaco que a empresa está a testar num ensaio clínico a decorrer nos EUA pode estar pronto já no final deste ano. Trata-se de um comprimido que deve ser usado logo no início da infeção e que pode vir a ser de toma única. De seguida, é esperar pela aprovação da agência reguladora do medicamento nos EUA. O fármaco faz parte de uma classe chamada “inibidores da protéase” (que são usados noutros vírus, como o VIH e a hepatite C) e funciona inibindo a ação de uma enzima que o vírus usa para se replicar em células humanas.
Se tudo correr como planeado, a Pfizer espera ter um comprimido para tratar a covid-19 quando surgem os primeiros sinais de doença ainda este ano. A previsão optimista foi avançada pelo CEO da Pfizer, Albert Bourla, numa entrevista à CNBC. A empresa está a terminar agora a fase 1 do ensaio clínico do medicamento que pode alterar radicalmente as regras do jogo no combate desta pandemia, aliando-se à campanha mundial de vacinação.
De acordo com a notícia da CNBC, os investigadores esperam que o medicamento impeça o progresso da doença e também seja capaz de evitar os internamentos. “Além do medicamento, a Pfizer ainda está a testar a sua vacina em crianças de 6 meses a 11 anos”, confirmam os responsáveis da empresa. Adiantaram, também, que “no início deste mês, a empresa pediu à FDA que alargasse a sua autorização de vacinação a adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos após a vacina ter sido considerada 100% eficaz num ensaio”.
“O combate à pandemia da covid-19 requer tanto a prevenção através de vacinas como o tratamento direcionado para aqueles que contraem o vírus. Dada a forma como o SARS-CoV-2 está em mutação e o impacto global contínuo da covid-19, parece provável que será fundamental ter acesso a opções terapêuticas tanto agora como para além da pandemia”, explicou Mikael Dolsten, diretor científico da Pfizer. Para já, o fármaco tem um nome de código: PF-07321332. A ideia é que este comprimido seja prescrito logo após os primeiros sinais da infeção, prevenindo o avanço da doença e as admissões hospitalares.
FONTE: Público