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Trabalhadores da Petrogal de Matosinhos exigem arranque da produção

Freguesia da Leça de Palmeira

A Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal disse hoje que vai continuar a exigir o retorno à laboração da refinaria de Matosinhos, que encerrou atividade em abril, e acusou o primeiro-ministro de “continuar a lavar as mãos do assunto”.

Num comunicado intitulado “Pelo rearranque da refinaria do Porto”, a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal começa por referir que “ao contrário das pretensões da administração, parar as unidades não retira nada ao acerto e justiça das pretensões dos trabalhadores”, pois acrescenta-lhes “determinação”.

A estrutura representativa dos trabalhadores também aponta o dedo ao Governo, nomeadamente ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmando que “os governantes desmentem-se na praça pública tal é o frenesim gerado em torno da tão almejada transição energética que se faz à volta dos negócios chorudos do lítio e do hidrogénio”.

Já em declarações à agência Lusa, o coordenador da Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, Hélder Guerreiro, referiu que “a luta manter-se-á e ninguém se conformará” com o encerramento da Petrogal em Matosinhos, no distrito do Porto.

“Devemos continuar a luta agora pelo rearranque da refinaria”, resumiu o responsável, remetendo para o texto do comunicado, no qual se lê que “todas as razões que justificam o retorno à laboração da refinaria do Porto mantêm-se válidas”.

Os trabalhadores justificam esta posição com “a importância estratégica para o país” e referem que “a relevância social e económica são incontornáveis e apenas serão salvaguardadas com a retoma da laboração da refinaria”.

No mesmo texto, esta estrutura diz que “o primeiro-ministro continua a lavar as mãos do assunto, sem que se lhe tenha ouvido uma palavra sobre esta matéria tão importante para o país, ou relacionada com a distribuição de dividendos aos acionistas”.

“A ele cabem-lhes os anúncios bons e bombásticos da criação de milhares de postos de trabalho, mesmo que sejam ainda uma miragem, aliás o que interessa isso depois de tanta propaganda balofa”, conclui a Comissão.

Fonte: JN

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