São esperados 12 mil adeptos ingleses para assistir à final da Liga dos Campeões, no Porto e a bolha de segurança determinada pelo Governo não é obrigatória, mas sim “altamente recomendável”, revela UEFA.
A final da Liga dos Campeões é já daqui a quatro dias e apesar do Governo ter determinado que os viajantes teriam de ser sujeitos a uma bolha de segurança, a UEFA confirmou ao jornal Público que esta exigência não passa afinal de uma situação “altamente recomendável”.
Os clubes ingleses não fizeram exigências em relação à compra dos bilhetes e o acréscimo de venda de mais 1700 bilhetes dificultou, ainda mais, a monitorização de adeptos.
Foi a ministra Mariana Vieira da Silva que anunciou em primeiro lugar a montagem de uma operação de segurança para impossibilitar contactos entre os adeptos e a restante população, criando zonas específicas para receber os apoiantes do Chelsea e do Manchester City. A governante esclareceu que os adeptos “virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito e em situação de bolha”, através do voo charter. Contudo, o jornal Público descobriu, também, que os adeptos dos clubes ingleses não foram obrigados a viajar nestes charters para chegar ao Porto.
João Paulo Rebelo admite, no entanto, que poderá haver pessoas à margem dos clubes que possam ficar em Portugal alguns dias: “Há jornalistas que acompanham também este jogo, e são em grande quantidade. desconheço se viajam desta forma também”, aponta.
Rui Moreira diz que a vinda de adeptos ingleses sem bolha sanitária para a cidade do Porto é uma mais-valia para a economia da cidade e acredita que a organização conseguirá garantir o respeito pelas regras sanitárias. Em relação à procura estrangeira, o Presidente da Câmara sinaliza-o como um bom sinal, uma vez que, com um comportamento adequado, o fluxo de turistas “também é bom para a nossa economia”.