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Gondomar vai alojar 80 refugiados ucranianos em estalagem recuperada para o efeito

Uma estalagem fechada desde 2015 e que nos últimos dias recebeu obras e novos equipamentos vai acolher a partir de sábado 80 refugiados da Ucrânia, revelou hoje à Lusa o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins.

Dois autocarros fretados pela autarquia do distrito do Porto seguiram na terça-feira para Przemyśl, na fronteira da Polónia com a Ucrânia, para trazer 90 refugiados, um número que ficou aquém do pretendido, explicou Marco Martins, porque “apenas 80 conseguiram atravessar a fronteira em tempo útil”.

A Estalagem Santiago, situada na marginal de Gondomar, acabou por ser a solução escolhida, explicando o autarca ser vontade “receber as pessoas com dignidade e conforto”.

“Contactámos o empresário que adquiriu em fevereiro a estalagem, tendo esta sido cedida à câmara por três meses”, relatou o autarca.

Conseguida a cedência, “desde terça-feira que a estalagem está em obras” que incidiram no “sistema de aquecimento, de águas e de eletricidade”, envolvendo uma equipa de “cerca de 40 pessoas da câmara e de voluntários”.

Segundo o autarca, foram também “montadas camas, arranjada roupa de cama, lavandaria, refeições, enfim, toda a logística”.

Os dois autocarros iniciaram na “quinta-feira, pelas 20:00 locais, 18:00 em Portugal, a viagem de regresso, mantendo-se a expectativa de chegarem à estalagem no sábado ao final do dia”, disse.

À chegada, explicou, “cada agregado familiar ficará num quarto individual com casa de banho própria e a câmara vai garantir todas as refeições”.

“Para além disso, a estalagem ficará dotada de três espaços totalmente destinados a eles: uma loja de roupa grátis, onde poderão escolher o que precisam, e mais dois espaços dinamizados por técnicos da câmara destinados às crianças, o primeiro para crianças até os sete anos e outro para maiores, com jogos e brinquedos”, descreveu o autarca.

Precisando que a ideia não é tornar a estalagem “um local definitivo, mas de passagem” Marco Martins garantiu estar “toda a logística garantida para os próximos três meses”, enaltecendo no esforço de preparação, “um conjunto de empresas a que a câmara recorreu para fazer as ligações do gás, água e eletricidade”.

“Será a totalidade da estalagem dedicada a eles”, reiterou.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Por Lusa

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