Os alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), são contra o aumento das propinas que chegam a pagar 2500 euros anuais. Os estudantes, em forma de protesto, criaram um abaixo-assinado que conta com 1200 assinaturas.
Nos últimos tempos, foram atualizados os preços dos mestrados na FEUP, nos quais, ultrapassam o dobro do preço atual. Assim, o valor atual corresponde a 697 euros, sendo que, na maioria dos cursos irão passar a 1500 euros, chegando a atingir os 2500 euros em alguns casos.
Desta forma, os alunos organizaram na tarde de quarta-feira uma concentração de estudantes contra o aumento das propinas dos mestrados, junto ao edifício da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Criado pelos estudantes, este abaixo-assinado, divulgado há uma semana, surge no seguimento, face à pandemia, que muitas famílias assistiram a perdas de rendimentos e dificuldades monetárias, que, por consequência, obrigou muitos estudantes a deixarem o ensino superior.
Os alunos afirmam que “não foi apresentado nenhum argumento para este aumento”, e acrescentam que o aumento das propinas não deve ser resposta a uma eventual necessidade económica uma vez que “a FEUP apresenta, em 2020, um resultado líquido do exercício na ordem dos 3,73 milhões de euros, 1,67 milhões de euros superior ao resultado de 2019”.
Os novos valores não são direcionados a estudantes de transição, porém “não se pode ignorar este súbito aumento do valor da propina, que prejudicará, por exemplo, todos os estudantes atualmente no 1.º ano da licenciatura e que queiram ingressar no mestrado”, refere ainda Margarida Chalupa, membro do Movimento A Voz do Engenheiro.
De modo a combater a “injustiça que se faz sentir pelos alunos”, os alunos apelam que este problema seja ouvido, discutido e resolvido o mais rápido possível, para evitar futuras desistências de estudantes. Este acontecimento “será um marco da posição dos estudantes, em particular dos estudantes da FEUP, face à alteração do valor da propina do segundo ciclo de estudos, fruto da desintegração dos mestrados integrados”, expõe Margarida Chalupa.