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Auscultação sobre reversão das Avenidas Atlânticas no Porto com quase mil participações

O presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde revelou hoje que foram recebidas quase 1.000 participações durante o período de auscultação pública aos projetos de reconversão das Avenidas Brasil e Montevideu, no Porto.

Em resposta à agência Lusa, Tiago Mayan Gonçalves afirmou hoje que foram recebidas perto de 1.000 participações no período de auscultação pública, que terminou a 31 de março, da reversão daquela obra das Avenidas Atlânticas.

“A iniciativa foi de enorme sucesso”, destacou o autarca da União de Freguesias de Aldoar, Foz e Nevogilde.

Tiago Mayan salienta, contudo, que o “volume, extensão e complexidade” da informação recebida, que inclui tanto “posicionamentos” quanto às quatro soluções apresentadas, como novas propostas, “exige que o município assegure previamente a devida sistematização e enquadramento dos dados” para que estes possam, posteriormente, ser analisados pela junta e respetivos deputados.

Para esta semana estava agendada uma sessão privada de trabalho com os deputados da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.

“Será necessário que aguardemos um prazo previsível de um mês para que possamos ter a sessão da União de Freguesias”, observa Tiago Mayan, acrescentando que os partidos já foram informados sobre o assunto.

A Câmara do Porto apresentou a 07 de março quatro propostas para a reversão da obra da Avenida Montevideu e Brasil.

A primeira proposta mantém as quatro vias de circulação automóvel, o estacionamento longitudinal e a ciclovia, aumentando de forma generalizada a largura tanto da faixa de rodagem automóvel, como ciclável. No caso das vias destinadas a automobilistas, esta solução propõe que passem a ter 3,05 metros cada. Por sua vez, a ciclovia aumenta para 2,50 metros e é introduzida uma floreira, com 50 centímetros, como “segurança” para separar automóveis e ciclistas.

Com esta solução, há uma redução do passeio marítimo em 2,50 metros, ficando com 7,70 metros de largura na Avenida do Brasil (ao invés dos 10,20 metros atuais) e com sete metros na Avenida Montevideu (ao invés dos 9,50 metros atuais).

Esta operação obriga ainda à deslocação das infraestruturas existentes, tais como, paragens de autocarros, iluminação e múpis.

Do mesmo modo, a segunda proposta mantém a largura do canal viário existente, dividida por quatro vias de circulação automóvel. Nesta solução, a ciclovia passa para o passeio marítimo, mantendo uma largura de 2,50 metros, e a “segurança” entre os ciclistas e peões é feita através de bancos e floreiras “colocadas pontualmente”. 

Esta proposta obriga à redução do passeio marítimo, que na Avenida do Brasil passa a ter 5,50 metros (ao invés dos 10,20 metros atuais) e na Avenida Montevideu passa a ter 4,30 metros (ao invés dos 9,50 metros existentes).

As infraestruturas existentes, tais como iluminação, paragens de autocarros, múpis e outros, são mantidas nesta proposta.

Por sua vez, a terceira proposta pressupõe que seja mantida a largura total do canal viário existente, mas que em vez de quatro, passem a ser três, as vias de circulação automóvel, uma no sentido sul-norte e duas no sentido norte-sul, cada uma com 3,05 metros. O canal viário existente contará ainda com uma ciclovia, também com 3,05 metros, que terá como elemento de “segurança” relativamente aos automóveis uma floreira com 50 centímetros.

Nesta solução, a largura do passeio marítimo mantém-se tanto na Avenida Brasil como na Avenida Montevideu.

A última solução, apresentada como uma “variante” da anterior, propõe que também se mantenha a largura total do canal viário existente, mas que se assuma apenas uma via em cada sentido para a circulação automóvel e a faixa central sirva para “viragens a nascente”.

Nesta solução, cada uma das vias de circulação automóvel terá 3,05 metros, bem como a ciclovia e a faixa central.

Com esta “necessidade de viragem apenas pontual”, a solução aponta como “oportunidade” a faixa central para qualificar o ambiente urbano das Avenidas Atlânticas, com a introdução de “floreiras com arborização” e “pintura do pavimento”.

Por LUSA

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