PSD de Gaia votou contra o concerto pela paz

PSD de Gaia votou contra o concerto pela paz post thumbnail image

Na reunião, desta segunda-feira, que tratou da aprovação do relatório e contas da Câmara de Gaia de 2021, o PSD votou contra a concessão do auditório municipal para um concerto pela paz, a realizar pelo Conselho para a Paz e Cooperação. A razão baseia-se pela organização estar conotada com o PCP.

A cedência gratuita do auditório foi aprovada pelos oito eleitos do PS e o concerto está marcado para o dia 14 de maio.

O PSD não concordou com a ligação ao PCP e considera que “não faz sentido” a cedência gratuita do auditório municipal. Isto, não impediu a vereação socialista ter salientado que não se trata de um evento “avulso”, mas que se realiza “anualmente”.

O “vice” Patrocínio Azevedo, que substituiu o presidente Eduardo Vítor Rodrigues, declarou que o PCP e o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) são “entidades distintas”, mesmo que existam membros de ambas.

Em março deste ano, a Câmara do Porto, também recusou a cedência gratuita do Teatro Municipal Rivoli ao CPPC, para um concerto. Na altura, o executivo do Porto explicou “não poder aprovar” a iniciativa, “que é promovida por um partido político que tem vindo a branquear o ataque da Rússia à Ucrânia”. O concerto realizou-se na mesma, mas no exterior, na Praça D. João I. Um evento do mesmo género, também teve lugar, dias antes, igualmente patrocinada pelo CPPC, no auditório municipal de Gondomar.

Antes dos assuntos principais, esta segunda-feira, em Gaia, foi também aprovado um voto de louvor à Polícia Municipal e a empresas que têm ajudado o transporte de bens até à fronteira com a Ucrânia. Guilherme Aguiar, vereador, referiu que já foram enviados “cerca de 150 toneladas” de produtos para ajudar refugiados da guerra e que existe material para encher mais “três camiões”.

Sobre o relatório e contas da Câmara de 2021, apresentou um saldo positivo de 14,3 milhões de euros e o PSD votou contra, justificado pela “carga fiscal excessiva” e o volume de despesa corrente.

O executivo socialista, Patrocínio Azevedo referiu ainda que, no tempo em que o PSD esteve no poder, em Gaia, “nunca baixou” o IMI, recordando que, “Tiveram sempre as taxas no máximo. Mesmo assim, deixaram dívidas e juros de mora para pagar”. Acrescentou ainda que “Preferimos ir baixando [o IMI] aos bocadinhos e ter dinheiro para o passe único e o Gaia Cuidador, entre outros. Só para a STCP foram mais de 500 mil euros”.

O relatório e contas foi aprovado com os votos do Partido Socialista.

Related Post