Um novo estudo da Instituição Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia, em San Diego, relata que as correntes superficiais do oceano estão a ficar mais rápidas graças às alterações climáticas.
A equipa de cientistas estudou um modelo de simulação no qual as temperaturas das camadas superiores do oceano aumentavam a nível mundial. Onde se encontra a água mais fria, sendo esta a diferença na densidade entre a parte superior e a inferior, levou a que as correntes oceânicas rápidas ficassem mais finas, acelerando-as. Já o aumento da velocidade das correntes oceânicas rotativas, os giros, foi associado a uma desaceleração da circulação oceânica abaixo.
Qihua Peng, principal autor do estudo, conta que “ficámos surpreendidos ao ver que, quando aquecemos a superfície do oceano, as correntes de superfície aceleram em mais de três quartos dos oceanos do mundo”.
Esta mudança pode vir a afetar o transporte dos nutrientes, importante para os organismos, e os processos de captura de carbono e calor da atmosfera.
Na Antártida, mais precisamente na Corrente Circumpolar Antártica, que é a maior do mundo, já foi observada esta aceleração pela Instituição e prevê-se que se mantenha à medida que o planeta aquece.