O Clube de Propaganda da Natação (CPN), em Ermesinde, com mais de 80 anos de história, encerrou a maior piscina desde o dia 10 de abril.
O motivo deste fecho deve-se às faturas da água e luz que se agravou no primeiro trimestre deste ano quando o clube recebeu uma conta de mais de 78 mil euros, o triplo do valor do mesmo mês do ano anterior. O clube não teve outra solução além de encerrar.
Rui Moutinho, presidente do Clube de Propaganda de Natação, revela que a situação é “Completamente incomportável para um clube cujas receitas totais mensais não ultrapassam os 22/23 mil euros”.
Assim, fica em causa um serviço público que abrange cerca de 1400 pessoas, incluindo atletas e alunos da freguesia e do município que usam diariamente as instalações. Na piscina maior, que está encerrada, praticam-se os níveis 3 e 4 de natação de crianças, natação de adultos, banhos livres e outras atividades, tendo também acordos com escolas.
Esgotadas as opções, a instituição pediu ajuda ao governo de modo a obter apoios para a instalação de painéis solares. Obtiveram a resposta rapidamente porém não existem vagas. O governo afirma que tem consciência dos impactos e que estão a ser “adotadas diversas medidas para mitigar os efeitos da subida dos preços dos bens energéticos“.
A Câmara de Valongo apoiou o CPN oferecendo bombas de calor. Em contrapartida, Rui Moutinho revela que ter quatro bombas de calor aumentará a conta ao fim do mês. “O ideal era isso mais os painéis solares para aliviar o CPN”, remata.
Para já as Piscinas de Ermesinde apenas mantém o funcionamento da piscina mais pequena. O futuro é incerto devido à falta de condições financeiras.